Prevalência de chiado no peito em adultos da coorte de nascimentos de 1982, Pelotas, RS

Autores

  • Ana M B Menezes Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Rosângela C Lima Universidade Católica de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento
  • Gicele C Minten Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Pedro C Hallal Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Cesar G Victora Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Bernardo L Horta Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Denise P Gigante Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Fernando C Barros Universidade Católica de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000900014

Palavras-chave:

Adulto, Asma^i1^sepidemiolo, Sons Respiratórios, Fatores de Risco, Fatores socioeconômicos, Estudos de Coortes, Brasil

Resumo

OBJETIVO: Estimar a prevalência de chiado no peito em adultos jovens, explorando o efeito de algumas variáveis sobre a ocorrência desta morbidade. MÉTODOS: Estudo prospectivo de coorte dos nascidos em 1982 na cidade de Pelotas (RS). Foram localizados 4.297 (77,4%) dos membros da coorte em 2004-5, cujos dados foram coletados por meio de entrevista, utilizando o questionário ISAAC (International Study of Asthma and Allergies in Childhood Steering Committee). A associação entre o desfecho "ocorrência de chiado no peito nos 12 meses anteriores à entrevista" e variáveis socioeconômicas, demográficas e características ao nascimento foi calculada por análise multivariável utilizando regressão de Poisson. RESULTADOS: A prevalência de chiado no último ano foi de 24,9%. Entre aqueles que relataram chiado, 54,6% referiram dificuldade para dormir e 12,9% para falar devido ao chiado. A prevalência de chiado no peito foi significativamente maior entre as mulheres, mantendo associação na análise ajustada com cor de pele não branca, com história familiar de asma e nível socioeconômico baixo. Entre os homens, não houve associação significativa na análise ajustada para cor de pele e renda familiar ao nascimento; história familiar de asma e pobreza durante a vida mostraram associação significativa com chiado no peito. Para ambos os sexos, não houve associação com as variáveis peso ao nascer e duração da amamentação. CONCLUSÕES: A prevalência de chiado no peito foi alta e as pessoas com renda familiar baixa ao nascer tiveram maior risco de chiado no peito no último ano.

Publicado

2008-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Menezes, A. M. B., Lima, R. C., Minten, G. C., Hallal, P. C., Victora, C. G., Horta, B. L., Gigante, D. P., & Barros, F. C. (2008). Prevalência de chiado no peito em adultos da coorte de nascimentos de 1982, Pelotas, RS . Revista De Saúde Pública, 42(suppl.2), 101-107. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000900014