Epidemiologia, Ciências Humanas e Sociais e a integração das ciências

Autores

  • Dina Czeresnia Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008005000059

Palavras-chave:

Filosofia, Ciência, Ciência^i1^sTecnologia e Socied, Ciências da Saúde, Epidemiologia, Ciências Sociais

Resumo

O objetivo do artigo foi abordar o problema da integração entre epidemiologia e ciências humanas e sociais no contexto da integração das ciências. A epidemiologia, anteriormente ao surgimento da medicina moderna, apresentava uma cosmovisão que concebia processos de saúde e doença integrados a aspectos geográficos, históricos, econômicos e sociais. A dissociação que marcou seu desenvolvimento posterior foi decorrente das concepções de corpo e doença construídas pelas ciências da vida e medicina moderna. Para pensar a integração entre ciências humanas e sociais e epidemiologia, na sua ligação com a biologia, é necessário interrogar a cisão entre natureza e cultura, inscrita no desenvolvimento das ciências. O conceito de normatividade vital, proposto por Canguilhem, e a discussão de Bohr sobre as relações entre física atômica, biologia e unidade do conhecimento são tratados com a perspectiva de refletir sobre desafios contemporâneos da integração entre as ciências.

Publicado

2008-12-01

Edição

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Como Citar

Czeresnia, D. (2008). Epidemiologia, Ciências Humanas e Sociais e a integração das ciências . Revista De Saúde Pública, 42(6), 1112-1117. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008005000059