Dispersão de Aedes aegypti em local presumidamente sem barreira limitante ao vôo na cidade do Rio de Janeiro

Autores

  • Rafael Maciel-de-Freitas Instituto Oswaldo Cruz; Laboratório de Transmissores de Hematozoários
  • Ricardo Lourenço-de-Oliveira Instituto Oswaldo Cruz; Laboratório de Transmissores de Hematozoários

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000100002

Palavras-chave:

Aedes, Vetores de Doenças, Controle de Mosquitos, Culicidae, Dengue

Resumo

OBJETIVO: Avaliar a dispersão de fêmeas de Aedes aegypti em uma área onde não houve nenhuma interferência quanto à redução de potenciais criadouros e não há barreira geográfica que limite o vôo dos mosquitos. MÉTODOS: Um experimento de marcação-soltura-recaptura foi realizado em dezembro de 2006, no bairro urbano Olaria, endêmico para dengue na cidade do Rio de Janeiro (RJ), onde não há obstáculos evidentes à dispersão de fêmeas de Ae. aegypti. Armadilhas para captura de mosquitos foram instaladas em 192 residências (96 Adultraps e 96 MosquiTraps). RESULTADOS: Foram soltas 725 fêmeas grávidas marcadas com pó fluorescente e a taxa de recaptura foi de 6,3%. Fêmeas de Ae. aegypti dispersaram em média 288,12 m do ponto de soltura e o deslocamento máximo foi de 690 m; 50% e 90% das fêmeas voaram até 350 m e 500,2 m respectivamente. CONCLUSÕES: A dispersão de fêmeas de Ae. aegypti em Olaria foi maior que em áreas com barreiras físicas e/ou geográficas. Não houve evidências de preferência de direção do vôo dos mosquitos, o qual foi considerado randômico ou uniforme a partir do ponto de soltura.

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Publicado

2009-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Maciel-de-Freitas, R., & Lourenço-de-Oliveira, R. (2009). Dispersão de Aedes aegypti em local presumidamente sem barreira limitante ao vôo na cidade do Rio de Janeiro . Revista De Saúde Pública, 43(1), 8-12. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000100002