Comportamentos em saúde entre idosos hipertensos, Brasil, 2006

Autores

  • Maria Fernanda Furtado de Lima e Costa Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva e Social
  • Sérgio Viana Peixoto Universidade Federal de Ouro Preto; Escola de Nutrição; Departamento de Nutrição Clínica e Social
  • Cibele Comini César UFMG; Instituto de Ciências Exatas; Departamento de Estatística
  • Deborah Carvalho Malta Universidade Federal de Minas Gerais; Escola de Enfermagem; Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública
  • Erly Catarina de Moura Universidade de São Paulo; Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000900004

Palavras-chave:

Idoso, Hipertensão^i1^sepidemiolo, Fatores de Risco, Doença Crônica^i1^sprevenção & contr, Levantamentos Epidemiológicos, Brasil, Comportamentos em saúde, Entrevista por telefone

Resumo

OBJETIVO: Estimar as prevalências de comportamentos prejudiciais à saúde e de outros fatores de risco cardiovascular entre idosos com hipertensão auto-referida e comparando-as com de não-hipertensos. MÉTODOS: Foram utilizados dados do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), referentes aos 9.038 idosos residentes em domicílios com pelo menos uma linha telefônica fixa nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal em 2006. RESULTADOS: A prevalência de hipertensão auto-referida foi de 55% (IC 95%: 53;57). A maioria dos hipertensos apresentava concomitância de três ou mais fatores de risco (69%; IC 95%: 67;71). Foram observadas altas prevalências de atividades físicas insuficientes no lazer (88%; IC 95%: 86;89) e do consumo de frutas e hortaliças inferior a cinco porções diárias (90%; IC 95%: 88;90) entre hipertensos, seguidas pela adição de sal aos alimentos (60%; IC 95%: 57;63), consumo habitual de carnes gordurosas (23%; IC 95%: 21;25), tabagismo (9%; IC 95%: 7;10) e consumo abusivo de álcool (3%; IC 95%: 2;4). Essas prevalências foram semelhantes às observadas entre não hipertensos (p >;0,05), exceto tabagismo. A prevalência do tabagismo foi menor entre hipertensos (razão de prevalência ajustada [RPA] = 0,75; IC 95%: 0,64;0,89) e as prevalências de sobrepeso (RPA= 1,37; IC 95%: 1,25;1,49), dislipidemia (RPA 1,36; IC 95%: 1,26;1,36) e diabetes (RPA= 1,37; IC 95%: 1,27;1,37) foram mais altas. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que, exceto tabagismo, os comportamentos prejudiciais à saúde entre idosos persistem após o diagnóstico da hipertensão arterial.

Publicado

2009-11-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Costa, M. F. F. de L. e, Peixoto, S. V., César, C. C., Malta, D. C., & Moura, E. C. de. (2009). Comportamentos em saúde entre idosos hipertensos, Brasil, 2006 . Revista De Saúde Pública, 43(suppl.2), 18-26. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000900004