Letalidade e complicações de angioplastias em hospitais públicos no Rio de Janeiro, RJ

Autores

  • Ana Luisa Rocha Mallet Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil
  • Glaucia Maria Moraes de Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro; Faculdade de Medicina
  • Carlos Henrique Klein Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca; Departamento de Epidemiologia
  • Márcio Roberto Moraes de Carvalho Universidade Federal do Rio de Janeiro; Faculdade de Medicina
  • Nelson Albuquerque de Souza e Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro; Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102009005000078

Palavras-chave:

Angioplastia^i1^sefeitos adver, Angioplastia^i1^smortalid, Letalidade

Resumo

OBJETIVO: Estimar a prevalência de letalidade e de complicações decorrentes de angioplastia coronariana em hospitais públicos. MÉTODOS: Foram analisados dados obtidos no Sistema de Autorização Hospitalar do Sistema Único de Saúde referentes aos 2.913 procedimentos de angioplastia coronariana realizados no município do Rio de Janeiro, RJ, de 1999 a 2003. Após amostragem aleatória simples e ponderação de dados, foram analisados 529 prontuários de pacientes, incluindo todos os óbitos, submetidos à angioplastia coronariana em quatro hospitais públicos: federal de ensino, estadual de ensino, federal de referência e estadual de referência. Os testes de comparação entre as letalidades segundo características dos pacientes, co-morbidades, complicações, tipos e indicações de angioplastia coronariana foram feitas com modelos de regressão de Poisson. RESULTADOS: A letalidade cardíaca geral foi de 1,6%, variando de 0,9% a 6,8%. De acordo com grupo etário, a letalidade foi: 0,2% em pacientes com idade inferior a 50 anos; 1,6% entre 50 e 69; e 2,7% acima de 69 anos. A letalidade na angioplastia coronariana primária e de resgate foram elevadas, 17,4% e 13,1%, respectivamente; nas angioplastias eletivas foi de 0,8%. As principais complicações foram dissecção (5% dos pacientes, letalidade cardíaca = 11,5%) e oclusão do vaso (2,6%; letalidade cardíaca = 21,8%). Sangramento ocorreu em 5,9% dos pacientes (letalidade = 5,6%) e em 3,0% houve necessidade de transfusão (letalidade = 12,0%). Infarto agudo aconteceu em 1,1% com letalidade de 38% e o acidente vascular encefálico indicou uma letalidade de 17,5%. CONCLUSÕES: A letalidade foi elevada para as angioplastias primárias e de resgate nos quatro hospitais públicos estudados no período de 1999-2003. As angioplastias coronarianas eletivas apresentaram letalidade e complicações acima do esperado.

Publicado

2009-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Mallet, A. L. R., Oliveira, G. M. M. de, Klein, C. H., Carvalho, M. R. M. de, & Souza e Silva, N. A. de. (2009). Letalidade e complicações de angioplastias em hospitais públicos no Rio de Janeiro, RJ . Revista De Saúde Pública, 43(6), 917-927. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009005000078