Além da hipótese de desigualdade de renda e influência na saúde humana: uma exploração global

Autores

  • Alvaro J Idrovo Instituto Nacional de Salud Pública; Centro de Investigación en Sistemas de Salud
  • Myriam Ruiz-Rodríguez Universidad Industrial de Santander; Facultad de Salud; Departamento de Salud Pública
  • Abigail P Manzano-Patiño Universidad Nacional Autónoma de México

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000020

Palavras-chave:

Renda, Iniquidade Social, Desigualdades em Saúde, Desenvolvimento Econômico, Política Social, Sociologia

Resumo

OBJETIVO: Analisar se a relação entre a desigualdade de renda e a saúde humana é mediada pelo capital social, assim como a influência do regime político na distribuição de renda nos países. MÉTODOS: Estudo ecológico de trajetórias utilizando dados transversais de 110 países. A variável de desfecho foi a esperança de vida ao nascer; as variáveis independentes foram: desigualdade de renda (medida pelo índice de Gini), capital social (medido pelo índice de percepção de corrupção ou confiança generalizada) e regime político (medido pelo Índice de Liberdade). O Índice de Percepção de Corrupção (um indicador indireto do capital social) foi usado para incluir mais países em desenvolvimento na análise. Foram calculados os coeficientes de correlação de Spearman entre o índice de Gini com as demais variáveis independentes. A análise de trajetória foi realizada para avaliar o efeito da desigualdade de renda, dos proxys de social capital e do regime político na expectativa de vida. RESULTADOS: Os coeficientes de trajetória sugerem que a desigualdade de renda tem maior impacto direto sobre a esperança de vida ao nascer do que por meio do capital social. O regime político atua sobre a esperança de vida ao nascer por meio da desigualdade de renda. CONCLUSÕES: A desigualdade de renda e o capital social têm efeitos diretos sobre a esperança de vida ao nascer. O modelo de regime de "classe/bem-estar" pode ser útil para entender as desigualdades sociais e de saúde entre países, enquanto a hipótese de desigualdade de renda se limita a uma aproximação parcial útil para analisar diferenças dentro dos países.

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Publicado

2010-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Idrovo, A. J., Ruiz-Rodríguez, M., & Manzano-Patiño, A. P. (2010). Além da hipótese de desigualdade de renda e influência na saúde humana: uma exploração global . Revista De Saúde Pública, 44(4), 695-702. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000020