Prevalência de internação hospitalar e fatores associados em Pelotas, RS

Autores

  • Juvenal Soares Dias da Costa Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Mauri Caldeira Reis Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Programa de Residência em Medicina Social
  • Claudio Viana Silveira Filho Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Programa de Residência em Medicina Social
  • Rogério da Silva Linhares Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Programa de Residência em Medicina Social
  • Fábio Piccinini Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Programa de Residência em Medicina Social
  • Everton Fantinel Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Programa de Residência em Medicina Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000026

Palavras-chave:

Hospitalização, Fatores de Risco, Desigualdades em Saúde, Estudos Transversais

Resumo

OBJETIVO: Estimar a prevalência de hospitalizações e identificar características associadas à internação hospitalar. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional realizado com indivíduos de ambos os sexos, de 20 a 69 anos, residentes na zona urbana de Pelotas, RS, entre 1999 e 2000. Foi utilizado questionário padronizado e pré-codificado. Foi realizada análise estratificada entre os sexos e controle de fatores de confusão por meio de Regressão de Poisson. Foram incluídas na análise variáveis socioeconômicas, demográficas, hábitos de vida, morbidades e consulta com médico no último ano. RESULTADOS: Dos 1.916 indivíduos, 146 (7,6%, IC95%:6,4;8,8) haviam sido hospitalizados no último ano desde a entrevista. Entre os homens, as características que se mostraram associadas a internação foram: idade de 50 anos ou mais, entre cinco e sete anos de escolaridade, ex-fumantes, distúrbios psiquiátricos menores e consulta com médico no último ano. Entre as mulheres com idade entre 60 e 69 anos, entre cinco e sete anos de escolaridade e consulta médica no período de um ano antes da entrevista, ocorreram maiores prevalências de hospitalização. As mulheres que consumiam menos de 30 g/dia de álcool mostraram menor freqüência de hospitalização. A prevalência de internação por causas sensíveis à atenção primária foi de 13,0% (IC 95%: 7,6;18,5). CONCLUSÕES: Homens e mulheres apresentaram prevalências semelhantes de internação hospitalar. Foi encontrada associação entre escolaridade e internação, mas não entre renda e internação.

Publicado

2010-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Costa, J. S. D. da, Reis, M. C., Silveira Filho, C. V., Linhares, R. da S., Piccinini, F., & Fantinel, E. (2010). Prevalência de internação hospitalar e fatores associados em Pelotas, RS . Revista De Saúde Pública, 44(5), 923-933. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000026