Estudo exploratório de custos e conseqüências do pré-natal no Programa Saúde da Família

Autores

  • Suely Arruda Vidal Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira; Grupo de Pesquisa de Gestão e Avaliação em Saúde
  • Isabella Chagas Samico Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira; Grupo de Pesquisa de Gestão e Avaliação em Saúde
  • Paulo Germano de Frias Universidade Federal de Pernambuco; Centro de Ciências da Saúde
  • Zulmira Maria de Araújo Hartz Universidade Nova de Lisboa; Instituto de Higiene e Medicina Tropical

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000014

Palavras-chave:

Avaliação de Custo-Efetividade, Cuidado Pré-Natal, Programa Saúde da Família, Estudos de Avaliação como Assunto

Resumo

OBJETIVO: Avaliar custos e conseqüências da assistência pré-natal na morbimortalidade perinatal. MÉTODOS: Estudo avaliativo com dois tipos de análise - de implantação e de eficiência, realizado em 11 Unidades de Saúde da Família do Recife, PE, em 2006. Os custos foram apurados pela técnica activity-based costing e a razão de custo-efetividade foi calculada para cada conseqüência. As fontes de dados foram sistemas de informação do Ministério da Saúde e planilhas de custos da Secretaria de Saúde do Recife e do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira. As unidades de saúde com pré-natal implantado ou parcial foram comparadas quanto ao seu custo-efetividade e resultados perinatais. RESULTADOS: Em 64% das unidades, o pré-natal estava implantado com custo médio total de R$ 39.226,88 e variação de R$ 3.841,87 a R$ 8.765,02 por Unidade de Saúde. Nas unidades parcialmente implantadas (36%), o custo médio total foi de R$ 30.092,61 (R$ 4.272,12 a R$ 11.774,68). O custo médio por gestante foi de R$ 196,13 com pré-natal implantado e R$ 150,46 no parcial. Encontrou-se maior proporção de baixo peso ao nascer, sífilis congênita, óbitos perinatais e fetais no grupo parcialmente implantado. CONCLUSÕES: Pré-natal é custo-efetivo para várias conseqüências estudadas. Os efeitos adversos medidos pelos indicadores de saúde foram menores nas unidades com pré-natal implantado. O custo médio no grupo parcialmente implantado foi mais elevado, sugerindo possível desperdício de recursos, uma vez que a produtividade das equipes é insuficiente para a capacidade instalada.

Publicado

2011-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Vidal, S. A., Samico, I. C., Frias, P. G. de, & Hartz, Z. M. de A. (2011). Estudo exploratório de custos e conseqüências do pré-natal no Programa Saúde da Família . Revista De Saúde Pública, 45(3), 467-474. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000014