Qualidade das informações registradas nas declarações de óbito fetal em São Paulo, SP

Autores

  • Marcia Furquim de Almeida Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Gizelton Pereira Alencar USP
  • Daniela Schoeps USP; FSP
  • Elaine Garcia Minuci Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados
  • Zilda Pereira da Silva Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Luis Patrício Ortiz Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Hillegonda Maria Dutilh Novaes Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Airlane Pereira Alencar Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Priscila Ribeiro Raspantini USP; FSP
  • Patrícia Carla dos Santos USP; FSP

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000058

Palavras-chave:

Morte Fetal, Declaração de Óbito, Causas de Morte, Autopsia, Sistema de Informação de Mortalidade, Qualidade da informação

Resumo

OBJETIVO: Avaliar a qualidade da informação registrada nas declarações de óbito fetal. MÉTODOS: Estudo documental com 710 óbitos fetais em hospitais de São Paulo, SP, no primeiro semestre de 2008, registrados na base unificada de óbitos da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados e da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Foi analisada a completitude das variáveis das declarações de óbito fetal emitidas por hospitais e Serviço de Verificação de Óbitos. Os registros das declarações de óbito de uma amostra de 212 óbitos fetais de hospitais do Sistema Único de Saúde foram comparados com os dados dos prontuários e do registro do Serviço de Verificação de Óbitos. RESULTADOS: Dentre as declarações de óbito, 75% foram emitidas pelo Serviço de Verificação de Óbitos, mais freqüente nos hospitais do Sistema Único de Saúde (78%). A completitude das variáveis das declarações de óbito emitidas pelos hospitais foi mais elevada e foi maior nos hospitais não pertencentes ao Sistema Único de Saúde. Houve maior completitude, concordância e sensibilidade nas declarações de óbito emitidas pelos hospitais. Houve baixa concordância e elevada especificidade para as variáveis relativas às características maternas. Maior registro das variáveis sexo, peso ao nascer e duração da gestação foi observada nas declarações emitidas no Serviço de Verificação de Óbitos. A autópsia não resultou em aprimoramento da indicação das causas de morte: a morte fetal não especificada representou 65,7% e a hipóxia intrauterina, 24,3%, enquanto nas declarações emitidas pelos hospitais foi de 18,1% e 41,7%, respectivamente. CONCLUSÕES: É necessário aprimorar a completitude e a indicação das causas de morte dos óbitos fetais. A elevada proporção de autópsias não melhorou a qualidade da informação e a indicação das causas de morte. A qualidade das informações geradas de autópsias depende do acesso às informações hospitalares.

Publicado

2011-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Almeida, M. F. de, Alencar, G. P., Schoeps, D., Minuci, E. G., Silva, Z. P. da, Ortiz, L. P., Novaes, H. M. D., Alencar, A. P., Raspantini, P. R., & Santos, P. C. dos. (2011). Qualidade das informações registradas nas declarações de óbito fetal em São Paulo, SP . Revista De Saúde Pública, 45(5), 845-853. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000058