Fatores associados ao declínio do déficit estatural em crianças e adolescentes em Pernambuco

Autores

  • Vanessa Sá Leal Universidade Federal de Alagoas; Faculdade de Nutrição
  • Pedro Israel Cabral de Lira Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Nutrição
  • Risia Cristina Egito de Menezes Universidade Federal de Alagoas; Faculdade de Nutrição
  • Juliana Souza Oliveira UFPE; Centro Acadêmico de Vitória
  • Leopoldina Augusta de Souza Sequeira Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Nutrição
  • Sônia Lúcia Lucena Sousa de Andrade Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Nutrição
  • Malaquias Batista Filho Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102012005000015

Palavras-chave:

Criança, Adolescente, Estatura, Deficiências do Desenvolvimento, Estado Nutricional, Fatores de Risco, Fatores Socioeconômicos, Estudos Transversais, Desigualdades em Saúde

Resumo

OBJETIVO: Analisar a evolução do déficit estatural em crianças e adolescentes e identificar seus fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal, com dados das Pesquisas Estaduais de Saúde e Nutrição realizadas em Pernambuco nos anos de 1997 e 2006. A amostra do tipo probabilística (aleatória estratificada), com representatividade para os estratos urbanos e rurais do estado. Para a coleta de dados foram utilizados questionários com perguntas pré-codificadas referentes a informações sobre as variáveis socioeconômicas, demográficas e antropométricas (das mães, crianças e adolescentes). A população estudada foi de, respectivamente, 1.853 e 1.484 crianças e adolescentes de cinco a 19 anos. A análise de regressão múltipla com seleção hierarquizada foi utilizada para avaliar a associação das variáveis explanatórias sobre o déficit estatural. RESULTADOS: A prevalência do déficit de estatura apresentou redução significante de 43% (de 16,9% em 1997 para 9,6% em 2006). As variáveis socioeconômicas e a estatura materna estiveram associadas a este declínio, com reduções variando de 39% a 60% entre os estratos analisados. Na análise dos determinantes do déficit estatural, no ano de 2006, permaneceram como significantes: a renda familiar per capita (<0,25 salário mínimo), a posse de bens domésticos (< três), o maior número de pessoas por domicílio, a menor escolaridade e menor estatura materna. CONCLUSÕES: A redução do déficit de estatura refletiu a melhoria nas condições sociais e econômicas. Entretanto, permanecem necessários a manutenção e incremento de políticas públicas, de modo a aumentar o poder aquisitivo dos mais pobres e universalizar o acesso da população a serviços de saúde e educação.

Publicado

2012-04-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Leal, V. S., Lira, P. I. C. de, Menezes, R. C. E. de, Oliveira, J. S., Sequeira, L. A. de S., Andrade, S. L. L. S. de, & Batista Filho, M. (2012). Fatores associados ao declínio do déficit estatural em crianças e adolescentes em Pernambuco . Revista De Saúde Pública, 46(2), 234-241. https://doi.org/10.1590/S0034-89102012005000015