Atividade fisica em gestantes assistidas na atencao primaria a saude

Autores

  • Maria Antonieta de Barros Leite Carvalhaes Universidade Estadual Paulista; Faculdade de Medicina de Botucatu; Departamento de Enfermagem
  • Ana Carolina de Almeida Martiniano Universidade Estadual Paulista; Faculdade de Ciencias Farmaceuticas de Araraquara
  • Maira Barreto Malta Universidade Estadual Paulista; Faculdade de Medicina de Botucatu
  • Monica Yuri Takito Universidade de Sao Paulo; Escola de Educacao Fisica e Esporte; Departamento de Pedagogia do Movimento do Corpo Humano
  • Maria Helena DAquino Benicio Universidade de Sao Paulo; Faculdade de Saude Publica; Departamento de Nutricao

DOI:

https://doi.org/10.1590/rsp.v47i5.76707

Resumo

OBJETIVO Analisar o padrão de atividade física de gestantes de baixo risco e os fatores associados. MÉTODOS Estudo transversal com 256 gestantes adultas no segundo trimestre gestacional, sorteadas dentre as assistidas pelas unidades de atenção primária à saúde do município de Botucatu, SP, em 2010. As atividades físicas foram investigadas por meio do “pregnancy physical activity questionnaire”, verificando-se tempo e intensidade de atividades ocupacionais, de deslocamento, domésticas e de lazer, expressos em equivalentes metabólicos dia. As gestantes foram classificadas segundo nível de atividade e em relação a atingir 150 min/semana de atividades físicas de lazer, variáveis dependentes do estudo. A associação entre essas variáveis e as socioeconômicas, características maternas, fatores comportamentais e modelo de atenção da unidade de saúde foi avaliada mediante modelos de regressão de Poisson com variância robusta, adotando-se modelo hierárquico. RESULTADOS A maior parte das gestantes era insuficientemente ativa (77,7%), 12,5% moderadamente ativa e 9,8% vigorosamente ativa. Os maiores gastos diários de energia foram com atividades domésticas, seguidas pelas atividades de locomoção; 10,2% atingiram a recomendação de 150 min semanais de atividades físicas de lazer. Trabalho fora de casa reduziu a chance de atingir essa recomendação (RP = 0,39, IC95% 0,16;0,93). Ter tido pelo menos um parto anterior (RP = 0,87, IC95% 0,77;0,99) e excesso ponderal pré-gestacional (RP = 0,85, IC95% 0,731;0,99) reduziram a chance de ser insuficientemente ativa, enquanto consumir menos alimentos saudáveis teve aumento discreto (RP = 1,18, IC95% 1,02;1,36). CONCLUSÕES Gestantes assistidas na atenção primária à saúde são insuficientemente ativas. Ter tido pelo menos um parto e apresentar sobrepeso pré-gestacional foram identificados como fatores protetores contra tal situação, enquanto consumo menos frequente de alimentos saudáveis foi fator de risco, sugerindo aglomeração de fatores de risco à saúde.

Publicado

2013-10-01

Edição

Seção

Prática de Saúde Pública

Como Citar

Carvalhaes, M. A. de B. L., Martiniano, A. C. de A., Malta, M. B., Takito, M. Y., & Benicio, M. H. D. (2013). Atividade fisica em gestantes assistidas na atencao primaria a saude. Revista De Saúde Pública, 47(5), 958-967. https://doi.org/10.1590/rsp.v47i5.76707