Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida: revisão sistemática

Autores

  • Tania Maria Brasil Esteves Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria
  • Regina Paiva Daumas Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria
  • Maria Inês Couto de Oliveira Universidade Federal Fluminense; Instituto de Saúde da Comunidade; Departamento de Epidemiologia e Bioestatística
  • Carlos Augusto de Ferreira de Andrade Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas; Laboratório de Epidemiologia Clínica
  • Iuri Costa Leite Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005278

Resumo

OBJETIVO Identificar fatores de risco independentes para a não amamentação na primeira hora de vida. MÉTODOS Revisão sistemática nas bases de dados Medline, Lilacs, Scopus e Web of Science, sem restrição de idioma ou período de publicação, até 30 de agosto de 2013. Foram incluídos estudos que utilizaram modelos de regressão e forneceram medidas de associação ajustadas. Foram excluídos artigos que não especificaram o modelo de regressão utilizado ou que abordaram populações específicas quanto à faixa etária ou presença de morbidade. RESULTADOS Foram identificados 155 artigos, dos quais 18 preencheram os critérios de inclusão. Foram realizados na Ásia (nove), África (cinco) e América do Sul (quatro) entre 1999 e 2010. A prevalência da amamentação na primeira hora de vida variou de 11,4%, em uma província da Arábia Saudita, a 83,3% no Sri Lanka. A cesariana foi o fator de risco mais consistente para a não amamentação na primeira hora de vida. “Baixa renda familiar”, “idade materna menor que 25 anos”, “baixa escolaridade materna”, “ausência de consultas pré-natais”, “parto domiciliar”, “falta de orientação sobre amamentação no pré-natal” e “prematuridade” foram fatores de risco identificados em pelo menos dois estudos. CONCLUSÕES Além de rotinas hospitalares, indicadores associados a pior nível socioeconômico e menor acesso a serviços de saúde foram também identificados como fatores de risco independentes para a não amamentação na primeira hora de vida. Políticas de promoção da amamentação, adequadas a cada contexto, devem ter como meta a redução das desigualdades em saúde.

Publicado

2014-08-01

Edição

Seção

Revisão

Como Citar

Esteves, T. M. B., Daumas, R. P., Oliveira, M. I. C. de, Andrade, C. A. de F. de, & Leite, I. C. (2014). Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida: revisão sistemática . Revista De Saúde Pública, 48(4), 697-708. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005278