O desempenho sexual na prática de terapeutas ocupacionais do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v33i1pe218904Palavras-chave:
Comportamento Sexual, Atividades Cotidianas, Sexo, Terapia OcupacionalResumo
Introdução: Indivíduos e coletivos desempenham diversas atividades sexuais para se envolver em ocupações e participar da vida cotidiana. No entanto, há escassas evidências no Brasil sobre a abordagem do desempenho sexual por terapeutas ocupacionais. Objetivo: Identificar como terapeutas ocupacionais do Brasil abordam o desempenho sexual em sua prática profissional. Método: Foi conduzida uma pesquisa exploratória e descritiva junto a 84 terapeutas ocupacionais do Brasil, por meio de questionário online. Utilizou-se de estatística simples para a descrição dos dados e os procedimentos de enunciação e correlação da abordagem de Análise de Conteúdo para a inferência dos conteúdos. Resultados: A amostra foi composta majoritariamente por terapeutas ocupacionais mulheres, das quais 91,66% nunca receberam treinamento específico. Ainda assim, 53,57% abordam o desempenho sexual em sua prática profissional, sendo a maior prevalência no campo e serviços de saúde mental com a população adulta. Conclusão: É necessário triangular fatores relacionados a formação, valores pessoais e teóricos e processo de intervenção para o desempenho sexual. Ainda há pouca formação a respeito do tema, o que condiz com as dificuldades em identificar abordagens específicas em terapia ocupacional, o que, possivelmente, colabora com a negligência deste tema na literatura da área.
Downloads
Referências
McGrath M, Lynch E. Occupational therapists’ perspectives
on addressing sexual concerns of older adults in the context
of rehabilitation. Disabil Rehabil. 2014;26;36(8):651-7. DOI
:10.3109/09638288.2013.805823
Mc Grath M, Sakellariou D. Why has so little progress been
made in the practice of occupational therapy in relation to
sexuality? Am J Occup Ther. 2016;70(1):7001360010p1-5.
DOI: 10.5014/ajot.2016.017707
Correia RL, Rebellato C, Takeiti BA, Carvalho CRA. Género,
sexualidad y envejecimiento en la Terapia Ocupacional. Rev
Chilena Ter Ocup. 2019;19(1):109-24.
Pinilla Cerezo M. Terapia ocupacional y sexo: ¿contradicción
o contraindicación? / Sex and occupational therapy:
contradictions or contraindications? Tog (A Coruña).
;17(1):71-6. DOI: S1885-527X2020000100011
Monzeli G, Lopes RE. Terapia ocupacional e sexualidade:
uma revisão nos periódicos nacionais e internacionais da área.
Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2012;23(3). Doi: 10.11606/
issn.2238-6149.v23i3p237-244
Pedraza T. Vejez y sexualidad : reflexiones para la práctica de
terapia ocupacional. Rev Chilena Ter Ocup. 2014;14(2):24555.
Available from: https://revistas.uchile.cl/index.php/RTO/
article/view/35726/37514
Rose N, Hughes C. Addressing sex in occupational therapy:
a coconstructed autoethnography. Am J Occup Ther.
;72(3):7203205070p1-6. doi: 10.5014/ajot.2018.026005
Jones MK, Weerakoon P, Pynor RA. Survey of occupational
therapy students’ attitudes towards sexual issues in clinical
practice. Occup Ther Int. 2005;12(2):95-106. DOI:10.1002/
oti.18
Jackson J. Sexual orientation: its relevance to occupational
science and the practice of occupational therapy. Am J Occup
Ther. 1995;49(7):669-79. DOI: 10.5014/ajot.49.7.669
McAlonan S. Improving sexual rehabilitation services: the
patient’s perspective. Am J Occup Ther. 1996;50(10):826-34.
DOI: 10.5014/ajot.49.7.669
Helland Y, Garratt A, Kjeken I, Kvien T, Dagfinrud H.
Current practice and barriers to the management of sexual
issues in rheumatology: results of a survey of health
professionals. Scand J Rheumatol. 2013;42(1):20-6. DOI:
3109/03009742.2012.709274
Hyland A, Mc Grath M. Sexuality and occupational therapy in
Ireland: a case of ambivalence? Disabil Rehabil. 2013;35(1):73-
DOI:10.3109/09638288.2012.688920
Neistadt ME. Sexuality counseling for adults with disabilities:
a module for an occupational therapy curriculum. Am J Occup
Ther. 1986 Aug 1;40(8):542-5. Doi: 10.5014/ajot.40.8.542
Sakellariou D, Sawada Y. Sexuality after spinal cord injury: the
Greek male’s perspective. Am J Occup Ther. 2006;60(3):311-9.
DOI: 10.5014/ajot.60.3.311
Mella J. Ensayo sobre la importancia de la educación sexual
en personas con déficit intelectual: reflexiones desde la terapia
ocupacional. Rev Chilena Ter Ocup. 2012;12(2). 10.5354/0719-
2012.25311
Marchant Castillo JI. Posibles abordajes de terapia ocupacional
en la educación sexual de niños, adolescentes y jóvenes
lesbianas, gay, bisexuales y transgéneros. Rev Chilena Ter
Ocup. 2019;19(2):63-71. Doi:10.5354/0719-5346.2019.53411
Bardin Lawrence. Análise de conteúdo. 3o
. Vol. 1. São Paulo:
Edições 70; 2016. 1-279 p.
Correia RL, Ribeiro IN, Oliveira RSP, Leal FA, Figueiredo
RS. Questões de gênero na formação graduada em Terapia
Ocupacional no Brasil. RevSALUS - Rev Cient Int.. 2022;4(1).
Doi:10.51126/revsalus.v4i1.186
American Occupational Therapy Association A. Estrutura da
prática da Terapia Ocupacional: domínio & processo 3 ed. Trad.
Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2015;26:1-49. Doi:10.11606/
issn.2238-6149.v26iespp1-49
Gontijo DT, Vasconcelos ACS, Monteiro RJS, Facundes VLD,.
Occupational Therapy and sexual and reproductive health
promotion in adolescence: a case study. Occup Ther Int. 2016
Mar;23(1):19-28. DOI:10.1002/oti.1399
Melo KMM. Terapia Ocupacional Social, pessoas trans e
Teoria Queer: (re)pensando concepções normativas baseadas
no gênero e na sexualidade. Cad Ter Ocup UFSCar São Carlos.
;24(1):215-23. Doi:10.4322/0104-4931.ctoARF0645
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Ricardo Lopes Correia, Pablo de Oliveira Teixeira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.