Elaboração de instrumento para averiguar o desempenho ocupacional de criança e adolescente cardiopata na atenção terciária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.rto.2023.215037

Palavras-chave:

Terapia ocupacional, Avaliação, Cardiopatia pediátrica

Resumo

Com o avanço da medicina e da cirurgia, a sobrevida da população cardiopata infantil aumentou, com evidências de sequelas neurocomportamentais. Objetivo: Elaborar instrumento para averiguar o desempenho ocupacional de criança e adolescente cardiopata na atenção terciária. Método: Pesquisa metodológica, com abordagem quantitativa para tratamento e análise dos dados, em duas fases: elaboração do instrumento em questão e validação do conteúdo. Realizada revisão integrativa, análise semântica e análise de conteúdo. Elaboradas 03 versões do instrumento: lactente; pré-escolar /escolar; e adolescente. Utilizada a Técnica Delphi na análise semântica pelo consenso de dois grupos de avaliadores e na análise de conteúdo pelo consenso de sete peritos. Resultados/considerações finais: Na revisão integrativa foram encontrados 1.765 artigos, sendo 24 selecionados após a leitura do título e do resumo; e 12 artigos incluídos, após a leitura completa. A análise semântica deu-se em 02 rodadas, e a análise de conteúdo em 04 rodadas. Concluído o instrumento de averiguação do desempenho ocupacional, ainda há etapas futuras com vistas à confiabilidade e validade. Há interesse em contribuir para a terapia ocupacional em cardiologia pediátrica.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Maria Regina Mascarenhas Horta, Instituto Nacional de Cardiologia. Ministério da Saúde

    Mestre Profissional em Ciências Cardiovasculares, especialização em Psicopedagogia e em Estimulação Essencial ao Desenvolvimento da Criança, e graduação em terapia ocupacional pela Escola de Reabilitação do Rio de Janeiro. Atualmente é terapeuta ocupacional do Instituto Nacional de Cardiologia/MS. Tem experiência na área de Terapia Ocupacional e Psicopedagogia, atuando principalmente nos seguintes temas: terapia ocupacional, cardiologia pediátrica, desenvolvimento infantil, brincar e humanizar.

  • Raphael Aguiar Leal Campos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

    Mestrando em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu) da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP/UERJ). Pós-graduado em Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e em Pedagogia Social pela Faculdade de Administração, Ciências e Educação (FAMART). Formado em Psicanálise pelo Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica (IBPC) e em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente realiza Formação Pedagógica em Filosofia pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER). É colunista no Blog Psicanálise Clínica do IBPC. Desenvolve pesquisas sobre a abordagem sociopedagógica com autistas na perspectiva da neurodiversidade.

  • Amanda Ventorine Estorque, Instituto de Desenvolvimento Humano Allma Incluser

    Pós-graduanda em Terapia Ocupacional e Reorganização Sensorial no Autismo pelo CBI of Miami/UCL (2021-em andamento). Terapeuta Ocupacional pela UFRJ (2021) com Formação Básica em Integração Sensorial pelo CBI of Miami (2021). Atualmente realiza atendimento individual de crianças e adolescentes com demandas no desenvolvimento neuropsicomotor no Instituto de Desenvolvimento Humano Allma Incluser (Teresópolis/RJ) e na Clínica São Rafael (Nova Friburgo/RJ). Possui trajetória acadêmica e científica ligada aos temas: infância e adolescência, neurologia, educação, saúde mental, e pandemia por COVID-19.

  • Marcelo Goulart Correia, Instituto Nacional de Cardiologia. Ministério da Saúde/MS

    Possui mestrado em Ciências Computacionais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2013) e graduação em Estatística pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2009). Atualmente é estatístico do Núcleo de Bioinformática e Bioestatística do Ministério da Saúde através do Instituto Nacional de Cardiologia. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística.

     
  • Miryam Bonadiu Pelosi, Universidade federal do Rio de Janeiro - UFRJ.

    Professora Associada do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro possui Graduação em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de São Carlos, Especialização em Psicopedagogia pelo Centro de Estudos Psicopedagógicos do Rio de Janeiro, Mestrado e Doutorado em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Certificação em Tecnologia Assistiva ? ATACP pela California State University. Pesquisadora da área de Tecnologia Assistiva e Inclusão Escolar coordenada o Laboratório de Tecnologia Assistiva da UFRJ - LabAssistiva, e é membro do Grupo de Pesquisa do CNPq Arte, Cultura, Acessibilidade e Saúde.

  • Luiz Fernando Rodrigues Junior, Instituto Nacional de Cardiologia. Ministério da Saúde/MS

    Doutor em Ciências Biológicas (Fisiologia) pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ (2011) e Mestre em Ciências Biológicas (Fisiologia) na mesma Instituição (2006). Graduado em Fisioterapia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2004. Atualmente, é Professor Adjunto no Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), onde leciona a disciplina de Biofísica para os cursos de Biologia (licenciatura e bacharelado), Biomedicina, Nutrição e Medicina, além de atuar como membro em colegiados relevantes para sua área de atuação, como na Comissão de Ética para o Uso de Animais em Pesquisa (CEUA) e na Câmara de Pesquisa na UNIRIO. Também é Fisioterapeuta do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), onde atuou nas unidades de terapia intensiva e no Comitê de Ética em Pesquisa. Atualmente é fisioterapeuta do serviço de Transplante Pulmonar, coordenador de ensino e pesquisa do Serviço de Fisioterapia, coordenador da Pós-graduação em Fisioterapia Cardiovascular, docente e coordenador adjunto do Programa de Mestrado em Ciências Cardiovasculares e membro da na Comissão Científica do INC. Estuda, atualmente, mecanismos fisioterapêuticos de cardioproteção, entre eles a eletroestimulação em pontos de acupuntura, e os efeitos e segurança da prescrição de exercícios e ventilação não invasiva na Fase 1 da reabilitação cardiopulmonar, com foco na terapia intensiva, além dos efeitos da prescrição de exercícios periféricos e respiratórios dentro dos programas de reabilitação em pacientes com Insuficiência Cardíaca de diversas etiologias. Estuda, também, dentro do Estudo da Saúde do Trabalhador (ESAT) as variáveis associadas à qualidade de vida de funcionários da saúde o papel prognóstico da função autonômica na avaliação de risco cardiovascular em indivíduos com perfis antropométrico e metabólicos variados.

  • Aurora Felice Castro Issa, Instituto Nacional de Cardiologia. Ministério da Saúde

    Possui graduação em MEDICINA pela Faculdade de Medicina de Petrópolis (1992), residência em clínica médica no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (1993); residência em Cardiologia no Instituto Nacional de Cardiologia (1996); Mestrado (2000) e Doutorado (2010) em Cardiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; título de especialista em Cardiologia (SBC); Terapia Intensiva (AMIB) e Qualidade e Segurança do Paciente (FIOCRUZ). Fellow pela Euroepan Society of Cardiology. Foi Diretora Financeira da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro; Coordenadora Assistencial do Instituto Nacional de Cardiologia (2016-2021) e Membro do Conselho de Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2020-2021). Atualmente é Diretora do Instituto Nacional de Cardiologia, Professora do Mestrado em Ciências Cardiovasculares do Instituto Nacional de Cardiologia; Presidente do Departamento de Cardio-oncologia da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro; Coordenadora Adjunta do Curso de Pós-Graduação em Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia; Professora do curso de Clínica Médica do IDOMED; pesquisadora principal dos projetos BRAHIT e WHF-COVID no Brasil; Pesquisadora Principal no INC dos projetos Cardiotox e RADICAL PC.

  • Lisete Ribeiro Vaz, Universidade federal do Rio de Janeiro - UFRJ.

    Terapeuta ocupacional graduada pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (1980), é atualmente professora assistente do curso de graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, preceptora de núcleo da área de Terapia Ocupacional na Residência Multiprofissional em Saúde Mental do IPUB/UFRJ e doutora pelo programa de pós-graduação em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social do Instituto de Psicologia ? UFRJ (2023). Tem título de Especialista em Psiquiatria Social pela Escola Nacional de Saúde Pública - ENSP/ Fiocruz (1996). É Mestre em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (2004). Terapeuta Ocupacional do Ministério da Saúde (1981-2007), atuando no campo da saúde mental. Responsável técnica pelo Programa de Volta para Casa do Estado de Minas Gerais (2005-2006). Presidente do Instituto Franco Basaglia (2006-2012). Ministra as seguintes disciplinas no curso de graduação em Terapia Ocupacional (UFRJ): Laboratório de Terapia Ocupacional A; Terapia Ocupacional em Saúde Mental; Iniciação à Extensão; Disciplina de Estágio. E a disciplina Fundamentos de Reabilitação no curso de graduação em Musicoterapia (UFRJ). Atua sobretudo nos seguintes temas: saúde mental, subjetividade, afetividade, direitos humanos, Terapia Ocupacional, atividade humana, cultura, arte, materialidade, criatividade e formação de graduandos, pós-graduandos e profissionais de saúde e saúde mental.

  • Tereza Cristina Felippe Guimarães, Instituto Nacional de Cardiologia. Ministério da Saúde

    Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (1993), graduação em MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (2017), Mestrado em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery - UFRJ (2005) e e Doutorado em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery (2010). Atualmente é enfermeiro do Instituto Nacional de Cardiologia Laranjeiras Atuando na área de Pesquisa Operacional e Professora Permanente do Programa de Mestrado Multiprofissional em Ciências Cardiovascuar do Instituto Nacional de Cardiologia. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem, atuando principalmente nos seguintes temas: enfermagem, transplante, sistematização do cuidado e Inovação.

Referências

American Occupational Therapy Association (AOTA). Occupational Therapy practice framework: domain and process. 4th ed. Am J Occup Ther. 2020;74(Supp 2):7412410010p1-7412410010p87. https://doi.org/10.504/ajot.2020.74S2001

Cordeiro JJR. Cardiologia. In: Cavalcanti A, Galvão C. Terapia ocupacional fundamentação e prática: fundamentação e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007. p.502-6.

Amorim MS, Guimarães Filho GC, Fernandes NA, Lopes ICOL, Cabral FRS, et al. A realidade da cardiopatia congênita no Brasil: revisão bibliográfica. Braz J Health Rev (Curitiba). 2021;4(5):19378-8. https://doi.org/10.34119/bjhrv4n5-071

Gerdes M, Flynn T. Clinical assessment of neurobehavional outcomes in infants and children with congenital heart disease. Prog Prediat Cardiol. 2010;29(2):97-105. https://doi.org/10.1016/j.ppedcard.2010.06.009

Marino BS, Lipkin PH, Newburger JW, Peacock G, Gerdes M, et al. Neurodevelopmental outcomes in children with congenital heart disease: evaluation and management. Circulation. 2012;126:1143-72. https://doi.org/10.1161/CIR.0b013e318265ee8a

Figueiras AC, Souza ICN, Rios VG, Benguigui Y. Manual para vigilância do desenvolvimento infantil no contexto AIDPI. Washington: OPAS; 20051-54. https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1711.pdf

Pasquali L. Testes referentes a construto: teoria e modelo de construção. In: Instrumentação. Porto Alegre: Ed. Luiz Pasquali ArtMed; 2010. p.165-98.

Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão Integrativa: o que é e como fazer. Einstein 2010;8 (Pt1):102-6. 10.1590/s1679-5082010rw1134

Chalmers JH. The Oxford Center for Evidence-Based Medicine - OCEBM. In: University of Oxford - Oxford Center for Evidence-Based Medicine. Explanation of the 2011 OCEBM Levels of Evidence 2011. https://www.cebm.ox.ac.uk/resources/levels-of-evidence/explanation-of-the-2011-ocebm-levels-of-evidence/.

Organização Mundial da Saúde (OMS). OPAS- CIF-CJ. Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e saúde. versão para crianças e jovens. São Paulo: Edusp - Editora da Universidade de São Paulo; 2011.

Coluci MZO, Alexandre NMC, Milani D. Construção de instrumentos de medida na área da saúde. Cienc Saude Coletiva. 2015;20(3):925-36. https://doi.org/10.1590/1413-81232015203.04332013

Harris PA, Taylor R, Thielke R, Payne J, Gonzalez N, et al. Research eletronic data capture (REDCap) - a metadata - driven methodology and workflow process for providing translational research informatics support. J Biomed Inform. 2009;42(2):377-81. https://doi.org/10.1016/j.jbi.2008.08.010

Castro AV, Rezende MA. A técnica Delphi e seu uso na pesquisa de enfermagem: revisão bibliográfica. REME Rev Mineira Enferm. 2009;13(3):429-34.

Perroca MG. Desarollo y validación de contenido de la nueva versión de un instrumento para classificación de pacientes. Rev Latino-Am Enferm. 2011;19(1):58-66. https://doi.org/10.1590/S0104-11692011000100009

R Core Team R: a language and environment for statistical computing. Vienna, Austria; 2021. https://www.R-project.org

Lynn MR. Determination and qualification of content validity. Nurs Res. 198;35(6):382-5.

Horta MRM. Campos RAL, Estorque AV, Vaz LR, Guimarães TCF Instrumento de avaliação do desempenho ocupacional em contexto intra-hospitalar da cardiologia ediatrica de alta complexidade: revisao integrativa da literatura. Revisbra TO. Rev Interst Bras Ter Ocup (Rio de Janeiro). 2023;7(1):1591-615. https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto50992

Cruz DMC, Rodrigues DS, Wertheimer LG. Reflexões sobre o uso de instrumentos de avaliação na terapia Ocupacional no Brasil. Rev Interinst Bras Ter Ocup (Rio de Janeiro). 2021;5(1):2-7. https://doi.org/10.47222/2526-3544.rbto35973

Damond GK. Occupation-based developmentally supportive care for infants with congenital heart disease in the hospital

environment. Infants Young Children. 2022;35(1):54-67. https://doi.org/10.1097/IYC.0000000000000207

Lisanti AJ, Cribben J, Connock EM, Lessen R, Medoff-Cooper B. Developmental care rounds. an interdisciplinary approach to support developmentally apropriate care of infants born with complex congenital heart disease. Clin Perinatol. 2016;43(1):147-56. https://doi.org/10.1016/j.clp.2015.11.010

Monteiro FPM, Araujo TL, Lopes MVO, Chaves DBR, Beltrão BA, et al. Estado nutricional de crianças com cardiopatias congênitas. Rev Latino-Am Enfermagem. 2012;20(6):1024-32. https://doi.org/10.1590/S0104-11692012000600003

Fonseca C, Barcelos T, Muniz L, Coelho Z. Terapia ocupacional em criança hospitalizada com desnutrição grave e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor: relato de caso. Rev Med Minas Gerais. 2015;25(1):125-8. https://doi.org/10.5935/2238-3182.20150021

Guimarães JR, São Pedro SA, Guimarães ICB. Incidência de Síndromes Genéticas associadas às cardiopatias congênitas. Rev Ciênc Med Biol. 2017;16(3):329-32. https://doi.org/10.9771/cmbio.v16i3.24370

Benson J, Clark F. A guide for instrument development and validity. Am J Ocup Ther. 1982;36(12):789-800. https://doi.org/10.5014/ajot.36.12.789

Majnemer A, Limperopoulos C. Developmental progress of children with congenital heart defects requiring open heart surgery. Semin Pediatric Neurol. 1999;6(1):12-9. https://doi.org/10.1016/s1071-9091(99)80042-4

Downloads

Publicado

2023-12-28

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Horta, M. R. M. ., Campos, R. A. L., Estorque, A. V. ., Correia, M. G., Pelosi, M. B., Rodrigues Junior, L. F., Issa, A. F. C. ., Vaz, L. R. ., & Guimarães, T. C. F. (2023). Elaboração de instrumento para averiguar o desempenho ocupacional de criança e adolescente cardiopata na atenção terciária. Revista De Terapia Ocupacional Da Universidade De São Paulo, 33(1-3), e215037. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.rto.2023.215037