Oficinas com cuidadoras familiares: reflexões da terapia ocupacional a partir de uma prática na assistência social
reflexiones sobre terapia ocupacional a partir de una práctica en asistencia social
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v33i1e216156Palavras-chave:
Terapia Ocupacional, Política Social, Prática ProfissionalResumo
Dentre os públicos-alvo dos serviços da proteção social especializada do Sistema Único de Assistência Social estão as pessoas idosas e/ou com deficiência e suas famílias. O presente artigo tem o objetivo de relatar a prática desenvolvida no Serviço Especializado de Atendimento Domiciliar, especificamente com as cuidadoras das pessoas idosas e/ou com deficiência, destacando as ações desenvolvidas pela terapia ocupacional. A experiência relatada permite refletir sobre a desigualdade nos papeis de gênero na sociedade, uma vez que as cuidadoras eram, em sua maioria, mulheres; e sobre as contribuições da terapia ocupacional nas ações desenvolvidas, marcadas pelo uso das atividades coletivas e pela atuação voltada para o cotidiano das cuidadoras. Destaca-se que prática evidenciou que a terapia ocupacional social é um referencial teórico-metodológico que pode subsidiar o trabalho da categoria nas unidades socioassistenciais, estabelecendo uma coerência entre o fazer terapêutico-ocupacional, as características e demandas do público acompanhado e as requisições da política de assistência social.
Downloads
Referências
Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Resolução nº. 109, de 11 de novembro de 2009. Tipificação Nacional de Serviços socioassistenciais. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília; 2013.
Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social. Brasília: Secretaria Nacional de Assistência Social; 2004.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Projeção da População, 2018.
Teixeira SM. Envelhecimento do trabalhador na sociedade capitalista. In: Teixeira SM, organizador. Envelhecimento na sociabilidade do capital. Campinas: Papel Social; 2017. p.31-53.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. DPE/Grupo de Trabalho de Deficiência, 2023.
Fernandes CS, Margareth A, Martins MM. Cuidadores familiares de idosos dependentes: mesmas necessidades, diferentes contextos – uma análise de grupo focal. Geriatr Gerontol Aging. 2018;12(31-37). doi: 10.5327/Z2447-211520181800008
Brasil. Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS. Resolução N°17, de 20 de junho de 2011. Ratificar a equipe de referência definida pela Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social e Reconhecer as categorias profissionais de nível superior para atender as especificidades dos serviços socioassistenciais e das funções essenciais de gestão do Sistema Único de Assistência Social. Brasília; 2011.
Oliveira ML. “Qual é SUAS”? A terapia ocupacional e o Sistema Único de Assistência Social [Tese]. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Terapia Ocupacional; 2020. https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/12292
Lopes RE, Malfitano APS, Silva CR, Borba PLO. Recursos e tecnologias em Terapia Ocupacional Social: ações com jovens pobres na cidade. Cad Bras Ter Ocup. 2014;22:591-602. doi: https://doi.org/10.4322/cto.2014.081
Lopes RE, Borba PLO, Trajber NKA, Silva CR, Cuel BT. Oficinas de atividades com jovens da escola pública: tecnologias sociais entre educação e terapia ocupacional. Rev Interface Comun Saúde Educ. 2011;15:277-88. doi: https://doi.org/10.1590/S1414-32832011000100021
Oliveira ML, Malfitano APS. O Sistema Único de Assistência Social e os trabalhadores na Política Nacional Assistência social: um enfoque às terapeutas ocupacionais. Serv Soc Rev. 2012;24:148-169. doi: https://doi.org/10.5433/1679-4842.2021v24n1p148
Goyanna NF, Freitas CASL, Netto JJM, Gomes GB. Desafios vivenciados por familiares cuidadores de idosos fragilizados: um problema de saúde pública latente. ReTEP. 2018;10(2):25-33. http://www.coren-ce.org.br/desafios-vivenciados-por-familiares-cuidadores-de-idosos-fragilizados-um-problema-de-saude-publica-latente/
Bezerra WC. O fetiche sobre a equipe multiprofissional no Sistema Único de Assistência Social no Brasil: análise a partir do trabalho de terapeutas ocupacionais, psicólogos/as e assistentes sociais [Tese]. Maceió: Universidade Federal de Alagoas, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social; 2023. https://www.repositorio.ufal.br/handle/123456789/11661
Fritzen JP. A feminização da assistência social: discutindo gênero e sua interface com a proteção social. In.: Anais do Seminário Nacional de Serviço Social, Trabalho e Política Social, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis; 2015. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/180722
Sousa RM. Feminização da pobreza em tempos de crise capitalista e assistencialização da questão social. In: Anais do Seminário Internacional Fazendo Gênero 10, Florianópolis; 2013. http://www.fg2013.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/20/1371344948_ARQUIVO_ARTIGOFAZENDOGENERO_2_.pdf
Andrade PM, Pereira LL. A (In)visibilidade de gênero e raça na assistência social: estudo de caso nos Centros de Referência de Assistência Social. Social em Questão. 2019;45:57-80. http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/OSQ_45_art_3.pdf
Gasparotto GP, Grossi PK. A perspectiva de gênero na política de assistência social: um debate necessário. Social em Questão. 2017;38:207-226. http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/OSQ_38_art_11_Gasparotto_Grossi.pdf
Silva MCM, Moreira-Almeida A, Castro EAB. Idosos cuidando de idosos: a espiritualidade como alívio das tensões. Rev Bras Enferm. 2018;71(2461-8). doi: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0370
Borba PLO, Costa, SM, Savani ACC, Anastácio CC, Ota NH. Entre fluxos, pessoas e territórios: delineando a inserção do terapeuta ocupacional no Sistema Único de Assistência Social. Cad Ter Ocup UFSCar. 2017;25:203-214. doi: https://doi.org/10.4322/0104-4931.ctoRE0758
Silva CR. Oficinas. In: Park MB, Sieiro RF, Carnicel A, organizadores. Palavras-chave da educação não formal. Holambra: Editora Setembro/Centro de Memória da Unicamp; 2007. p.213-4.
Silva CR, Poellnitz JCV. Atividades na formação do terapeuta ocupacional. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2015;26(1):74-82. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v26i1p74-82
Barros DD, Ghirardi MIG, Lopes RE. Terapia Ocupacional Social. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2002;13(3):95-103. doi: https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v13i3p95-103
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Gabriela Queiroz Vieira Neves, Waldez Cavalcante Bezerra, Giovanna Bardi
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.