Biologia, manejo e caracterização bioquímica e genética de biótipos resistentes aos herbicidas inibidores da acetolactato sintase

Autores

  • Patrícia Andrea Monquero USP; ESALQ; Depto. de Produção Vegetal
  • Pedro Jacob Christoffoleti USP; ESALQ; CEBTEC; Lab. de Biologia Molecular
  • Helaine Carrer USP; ESALQ; CEBTEC; Lab. de Biologia Molecular

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-90162003000300013

Palavras-chave:

Amaranthus quitensis, Bidens pilosa, chlorimuron-ethyl, Glycine max L. Merrill, imazethapir

Resumo

Bidens pilosa e Amaranthus quitensis são as principais plantas daninhas infestantes na cultura de soja [Glycine max L (Merrill)] no Brasil e Argentina, respectivamente. O uso repetitivo de herbicidas inibidores da acetolactato sintase (ALS EC 4.1.3.18) em São Gabriel do Oeste (MS - Brasil) e nas províncias de Córdoba e Tucumã (Argentina), selecionaram biótipos resistentes (R) destas plantas daninhas. Esta pesquisa foi desenvolvida para estudar o manejo, crescimento, a bioquímica e genética destes biótipos resistentes. Em um experimento de campo concluiu-se que chlorimuron-ethyl e imazethapyr (inibidores da ALS), aplicados nas doses recomendadas, não controlaram o biótipo R de B. pilosa, mas os herbicidas alternativos lactofen, fomesafen e bentazon foram eficientes quando aplicados sozinhos ou em mistura com os herbicidas inibidores da ALS. Estudos em casa-de-vegetação confirmaram a resistência cruzada para os biótipos de ambas espécies aos herbicidas dos grupos químicos das imidazolinonas e sulfuniluréias e os herbicidas alternativos sozinhos ou em mistura com os inibidores da ALS controlaram eficientemente populações resistentes e suscetíveis. Análises de crescimento dos biótipos R e S destas plantas daninhas em condições não competitivas mostraram que não existe um custo adaptativo para os biótipos R (efeitos pleiotrópicos). O bioensaio rápido usando inibidores da ALS e ketoacid reductoisomerase (KARI) indicaram que a resistência decorre da insensibilidade da enzima ALS aos herbicidas. Por outro lado, o seqüenciamento do gene que codifica a ALS em R A. quitensis não mostrou mutação no Domínio A, sugerindo que outras posições do gene poderiam estar sofrendo mutações que conferem a insensibilidade da ALS a sulfuniluréias e imidazolinonas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2003-01-01

Edição

Seção

Fitotecnia

Como Citar

Biologia, manejo e caracterização bioquímica e genética de biótipos resistentes aos herbicidas inibidores da acetolactato sintase . (2003). Scientia Agricola, 60(3), 495-503. https://doi.org/10.1590/S0103-90162003000300013