Sistemas de cultivo orgânico e convencional de tomateiro

Autores

  • Wagner Bettiol Embrapa Meio Ambiente
  • Raquel Ghini Embrapa Meio Ambiente
  • José Abrahão Haddad Galvão Embrapa Meio Ambiente
  • Romildo Cássio Siloto Instituto Biológico

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-90162004000300002

Palavras-chave:

Lycopersicum esculentum, agricultura alternativa, controle biológico

Resumo

Diversos sistemas agrícolas alternativos têm sido desenvolvidos e, dentre eles, a agricultura orgânica tem recebido destaque, despertando interesse por parte dos agricultores. Compararam-se o sistema orgânico (SO) e o convencional (SC) de tomates da variedade Débora e Santa Clara, por meio de um estudo interdisciplinar. O experimento foi conduzido em blocos casualizados com seis repetições, com parcelas medindo 25 ´ 17 m, em um Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico. Todas as práticas culturais foram realizadas de acordo com as técnicas utilizadas pelos agricultores convencionais ou orgânicos da região. No SO a fertilização foi realizada aplicando, em cada cova, composto orgânico, superfosfato simples e calcário dolomítico (5 L, 60 g e 60 g) e pulverizando biofertilizante duas vezes por semana. No SC, foi utilizado 200 g 4-14-8 (NPK) por cova e, após o plantio, 30 g N, 33 g K and 10,5 g P por cova; a partir de 52 dias após o plantio, as plantas foram pulverizadas com adubo foliar uma vez por semana. No SC, para o controle dos problemas fitossanitários, foram realizadas aplicações de mistura de inseticidas, fungicidas e acaricidas duas vezes por semana. Para o SO o controle foi realizado pulverizando-se extratos de pimenta-do-reino, de alho e de eucalipto; calda bordaleza e biofertilizante duas vezes por semana. O vira-cabeça foi a principal doença do SO, resultando em menor desenvolvimento de plantas, número de inflorescência e produção. No SC, a doença foi mantida sob controle, sendo que a população de tripes, vetor do vírus, ocorreu em níveis inferiores que no SO. A variedade Santa Clara apresentou maior incidência da virose e, por esse motivo, teve desempenho inferior à Débora, especialmente no SO. A ocorrência de Liriomysa spp. foi significativamente menor no SO, possivelmente devido à maior freqüência de Chrysoperla. O SC apresentou menor incidência de manchas foliares causadas por Septoria lycopersici e Xanthomonas vesicatoria, entretanto a pinta preta e a podridão de frutos causados por Alternaria solani ocorreram em maiores proporções. Não foram observadas diferenças quanto às comunidades de fungos e bactérias do filoplano e quanto à ocorrência de plantas invasoras.

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Publicado

2004-06-01

Edição

Seção

Fitotecnia

Como Citar

Sistemas de cultivo orgânico e convencional de tomateiro . (2004). Scientia Agricola, 61(3), 253-259. https://doi.org/10.1590/S0103-90162004000300002