Atividade da enzima acetilcolinesterase em cérebro e músculo de carpas após exposição aguda ao diafuran

Autores

  • Jaqueline Ineu Golombieski UFSM; Depto. de Fitotecnia
  • Enio Marchesan UFSM; Depto. de Fitotecnia
  • Edinalvo Rabaioli Camargo UFSM; Depto. de Fitotecnia
  • Joseânia Salbego UFSM; Depto. de Química; Lab. de Bioquímica Adaptativa
  • Joele Schmitt Baumart UFSM; Depto. de Fitotecnia
  • Vania Lucia Loro UFSM; Depto. de Química; Lab. de Bioquímica Adaptativa
  • Sérgio Luiz de Oliveira Machado UFSM; Depto. de Defesa Fitossanitária; Lab. de Plantas Daninhas
  • Renato Zanella UFSM; Depto. de Química; Lab. de Análises de Resíduos de Pesticidas
  • Bernardo Baldisserotto UFSM; Depto. de Fisiologia e Farmacologia; Lab. de Fisiologia de Peixes

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-90162008000400003

Palavras-chave:

Cyprinus carpio, Ctenopharyngodon idella, Aristichthys nobilis, agroquímico, concentração letal

Resumo

Exposição a inseticidas em concentrações elevadas no ambiente podem ocasionar efeitos adversos subletais em organismos aquáticos. Alevinos de carpa húngara (Cyprinus carpio, Linnaeus, 1758), carpa capim (Ctenopharyngodon idella, Valenciennes, 1844) e carpa cabeça grande (Aristichthys nobilis, Richardson, 1845) foram expostos ao diafuran, um inseticida utilizado na cultura do arroz no sul do Brasil. O objetivo deste estudo foi verificar a relação entre concentração letal mediana (CL50) do diafuran e a atividade da enzima acetilcolinesterase (AChE) em cérebro e músculo dessas espécies, como um possível biomarcador inicial da exposição a este inseticida. A CL50 foi determinada com peixes expostos a concentrações de diafuran em 96 h: carpa húngara: controle; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5 e 3,0 mg L-1; carpa capim: controle; 1,0; 2,0; 3,0 e 3,5 mg L-1 e carpa cabeça grande: controle; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 3,0 e 4,0 mg L-1, bem como a determinação da AChE em concentrações próximas da CL50 para essas espécies. Valores de CL50 (concentrações nominais) foram de 1,81 mg L-1 para carpa húngara, 2,71 mg L-1 para carpa capim e 2,37 mg L-1 para carpa cabeça grande. Todas as carpas expostas ao diafuran estavam letárgicas (menores concentrações) ou imóveis. Diafuran inibiu significativamente a atividade da AChE em cérebro (~38 %) e músculo (~50 %) de todas as espécies estudadas. Atividade da AChE em músculo para carpa cabeça grande foi mais alta que cérebro (14,44 contra 5,94 µmol min-1 g proteína-1, respectivamente). Este estudo demonstrou que concentrações de diafuran utilizadas na cultura do arroz podem afetar o comportamento de Cyprinus carpio, Ctenopharyngodon idella e Aristichthys nobilis, e a atividade da acetilcolinesterase cerebral e muscular pode ser um biomarcador inicial de toxicidade deste inseticida.

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Publicado

2008-01-01

Edição

Seção

Ciência Animal e Pastagens

Como Citar

Atividade da enzima acetilcolinesterase em cérebro e músculo de carpas após exposição aguda ao diafuran . (2008). Scientia Agricola, 65(4), 340-345. https://doi.org/10.1590/S0103-90162008000400003