Armazenamento em baixa temperatura de hastes porta-borbulhas de citros tratadas com ANA, GA3 e 2,4-D

Resumo

O armazenamento refrigerado possibilita a conservação de hastes porta-borbulhas de citros por vários meses, embora ocorra perda gradual da viabilidade das borbulhas e abscisão dos pecíolos foliares. Este estudo objetivou manter a viabilidade das borbulhas e reduzir a abscisão dos pecíolos foliares das hastes porta-borbulhas das laranjeiras 'Baianinha' e 'Valência'(C. sinensis Osbeck), da lima ácida 'Tahiti'(C. latifolia Tanaka) e da tangoreira 'Murcote' (C. sinensis × C. reticulata) por meio do tratamento com ANA, GA3, 2,4-D e armazenamento refrigerado. As hastes foram imersas por 15 minutos em água destilada e em soluções com os reguladores de crescimento ANA e GA3 nas concentrações 10, 100, 500 e 1000 µmol L-1 e 2,4-D nas concentrações 1, 10, 50 e 100 µmol L-1 e armazenadas em sacos de polietileno a 5 ± 1ºC, por 74 dias. Foram avaliados a percentagem de abscisão dos pecíolos foliares, a perda de massa da matéria fresca e seca das hastes, a viabilidade das borbulhas e o crescimento das brotações. ANA e 2,4-D controlaram até 99% da abscisão dos pecíolos. O sistema de acondicionamento e o armazenamento em baixa temperatura mostraram-se eficientes na redução das perdas de massa de matéria fresca e seca. O armazenamento não reduziu a viabilidade das borbulhas das laranjeiras 'Baianinha' e 'Valência', e nem da tangoreira 'Murcote', cujo pegamento de enxertia foi superior a 95%. Os tratamentos com ANA, GA3 e 2,4-D não influenciaram o crescimento das brotações.