Sobre a tradução e o ensino: o humor levado a sério

Autores

  • John Robert Schmitz Universidade Estadual de Campinas.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.tradterm.1998.49555

Palavras-chave:

Traduzibilidade, discurso humorístico, ambigüidade, pivô, piada.

Resumo

Este artigo é uma réplica ao artigo do Professor Adauri Brezolin (TradTerm 4.1, 1997) que comenta o meu trabalho (TradTerm 3, 1996) sobre a problemática da tradução de humor em forma de piadas e chistes. Brezolin e eu concordamos que é possível traduzir piadas e chistes que surgem do contexto ou da situação, isto é, que refletem o funcionamento do mundo. Todavia, divergimos com respeito à possibilidade de traduzir humor que se origina de ambigüidade semântica, sintática ou fonológica. Segundo Brezolin, todos os textos humorísticos são traduzíveis. A minha finalidade neste trabalho é reiterar que as piadas e chistes baseados num jogo de palavras específico a uma determinada língua-fonte são intraduzíveis e o tradutor fatalmente terá de (re)criar ou retirar de seu repertório "outra" piada numa determinada língua-alvo.

Esta postura tradutória se deve aos fatos lingüísticos de cada idioma, isto é, aos componentes estruturais intrinsecamente peculiares à língua x em confronto com língua y, e não motivada por uma ideologia que considera os eventuais significados do texto original como intocáveis, que a todo custo devem ser protegidos.

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Biografia do Autor

  • John Robert Schmitz, Universidade Estadual de Campinas.
    Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, S.P.

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Publicado

1998-04-18

Edição

Seção

Tradução

Como Citar

Schmitz, J. R. (1998). Sobre a tradução e o ensino: o humor levado a sério. Tradterm, 5(2), 41-54. https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.tradterm.1998.49555