O risco como recurso para a arbitragem social

Autor/innen

  • Myriam Mitjavila Universidade Federal de Santa Catarina. Departamento de Serviço Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702002000200007

Schlagwörter:

risco, novas práticas de saúde

Abstract

Nas duas últimas décadas, as ciências sociais registraram e analisaram um novo modo de codificar os perigos e as ameaças que caracterizam a vida social nas sociedades contemporâneas, e que consistem na proliferação de discursos e práticas técnico-políticas organizadas em função de uma nova categoria de risco. Podemos observar que existe um consenso na literatura sociológica a respeito da definição de risco como uma construção social e sobre suas relações complexas com o conhecimento técnico-científico. Este trabalho discute as bases sócio-técnicas e institucionais do risco como um instrumento de arbitragem de problemas sociais nos mais diversos níveis como provisão seletiva de serviços sociais, determinação de culpa e/ou perigo no comportamento criminoso, liberação de crédito em instituições financeiras, gerenciamento de recursos humanos na área de trabalho, entre outros.

Downloads

Download-Daten sind nocht nicht verfügbar.

Literaturhinweise

AYRES, José Ricardo de Carvalho Mesquita. (1995) Epidemiologia e emancipação. São Paulo, Hucitec/ Rio de Janeiro, Abrasco.

BECK, Ulrich. (1992) Risk society. Towards a new modernity. London, Sage Publications.

BECK, Ulrich. (1997a) La reinvención de la política: hacia una teoría de la modernización reflexiva. In: Giddens & Lash. Modernización reflexiva: política, tradición y estética en el orden social moderno. Madrid, Alianza, p. 16-73.

BECK, Ulrich. (1997b) Réplicas y críticas. In: Giddens & Lash. Modernización reflexiva: política, tradición y estética en el orden social moderno. Madrid, Alianza, p. 209-219.

BERGER, Peter et alii. (1979) Un mundo sin hogar. Modernización y conciencia, Santander, Sal Terrae.

BERIAIN, Josetxo. (1990) Representaciones colectivas y proyecto de modernidad. Barcelona, Anthropos.

CASTEL, Robert. (1981) La gestion des risques. De l’antipsichiatrie a l’aprés-psychanalyse. Paris, Éditions du Minuit.

CASTEL, Robert. (1995) Les metamorphoses de la question social. Paris, Fayard.

CICOUREL, Aaron Victor. (1985) Raisonnement et diagnostic: le rôle du discours et de la comprénsion clinique en médecine. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, 60: 79-89.

DOUGLAS, Mary. (1990) Risk as forensic resource. Daedalus, 119(4): 11-16.

DOUGLAS, Mary. (1996) Cómo piensan las instituciones. Madrid, Alianza.

DOUGLAS, Mary & WILDAVSKY, Aaron (1982) Risk and culture. Oxford, Basil Blakwell.

ELIAS, Norbert. (1994) Conocimiento y poder. Madrid, La Piqueta.

FOUCAULT, Michael. (1987) Vigilar y castigar. Nacimiento de la prisión. México, Siglo XXI.

FOUCAULT, Michael. (1992) Poder-corpo. In: MACHADO, Roberto. (org.). Microfísica do poder. Rio de Janeiro, Graal, p.145-152.

GIDDENS, Anthony. (1991) As conseqüências da modernidade. São Paulo, Editora Universidade Estadual Paulista.

GIDDENS, Anthony. (1995) Modernidad e identidad del yo. El yo y la sociedad en la época contemporánea. Barcelona, Ediciones Península.

HARAWAY, Donna Jeanne. (1991) The biopolitics of postmodern bodies: constitutions of self in immune system discourse. In: Simians cyborgs and women. The reinvention of nature. New York, Routdledge.

LAPLANTINE, François. (1991) Antropologia da doença. São Paulo, Martins Fontes.

LASH, Scott & WYNNE, B. (1992) Introduction. In: BECK, Ulrich. Risk society. Towards a new modernity. London, Sage Publications.

LUHMANN, Niklas. (1992) Sociología del riesgo. Guadalajara, Universidad Iberoamericana / Universidad de Guadalajara.

LUPTON, Deborah. (1993) Risk as moral danger: the social and political functions of risk discourse in public health. International Journal of Health Services, 23: 425-435.

MARTIN, E. (1992) The end of the body? American Ethnologist, 19(1):121-140.

MITJAVILA, Myriam. (1999) O risco e as estratégias de medicalização do espaço social: medicina familiar no Uruguai (1985-1994). São Paulo. Tese (Doutorado). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

QUESADA, G. & CARRO, M. (1991) Enfoque sistémico en la evaluación de servicios materno infantiles. Atención Primaria de Salud, Montevideo, 12: 2-18.

RABINOW, Paul. (1991) Artificialidade e ilustração. Da sociobiologia à bio-sociabilidade. Novos Estudos, 31: 79-93.

ROSANVALLON, Pierre. (1995) La nueva cuestión social. Repensar el Estado providencia. Buenos Aires, Ediciones Manantial.

SANTOS, B.S. (1995) A construção multicultural da igualdade e da Diferença. Palestra proferida no VII Congresso Brasileiro de Sociologia. Universidade Federal de Rio de Janeiro.

TITMUSS, Richard Morris.(1962) Income distribution and social change. London, Allen – Unwin.

Veröffentlicht

2002-10-01

Ausgabe

Rubrik

Artigos

Zitationsvorschlag

Mitjavila, M. (2002). O risco como recurso para a arbitragem social . Tempo Social, 14(2), 129-145. https://doi.org/10.1590/S0103-20702002000200007