1968: o curto ano de todos os desejos

Autores

  • Daniel Aarão Reis Filho Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.1590/ts.v10i2.86770

Palavras-chave:

Movimento estudantil, Revolução, Esquerdas, Ditadura.

Resumo

Como numa peça de teatro, o artigo apresenta os atores que estiveram em cena no ano de 1968, com suas propostas, ambições, ilusões e limites. Há, em primeiro lugar, uma interpretação polêmica do processo da ditadura militar no país, destacando-se a necessidade do estudo de seus nexos e laços com a sociedade brasileira, ao contrário das tendências correntes que insistem em mostrar seu isolamento, como se tivesse existido apenas graças à repressão. Em segundo lugar, discute-se a autonomia entre o movimento estudantil e as organizações revolucionárias que recorreram às ações armadas. Finalmente, em terceiro lugar, são apresentadas algumas referências críticas para o estudo da trajetória das esquerdas no Brasil. O texto sustenta que o ano de 1968, embora pleno de desejos, não só terminou, como foi curto.

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Biografia do Autor

  • Daniel Aarão Reis Filho, Universidade Federal Fluminense

    Professor de História Contemporânea na Universidade Federal Fluminense (UFF). Ex-combatente de 1968, mas não ainda de todo desativado.

Referências

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Publicado

1998-06-28

Edição

Seção

Dossiê Maio de 68

Como Citar

Reis Filho, D. A. (1998). 1968: o curto ano de todos os desejos. Tempo Social, 10(2), 25-35. https://doi.org/10.1590/ts.v10i2.86770