Objetos importam: Uma leitura orientada pelos objetos de Object Lessons, de Eavan Boland

Resumo

Este artigo argumenta que, embora o livro Object Lessons de Eavan Boland tenha alcançado grandes conquistas ​​em termos da visibilidade das poetas no cenário literário irlandês, seu projeto expressou e reforçou o momento Mary Robinson do início do Tigre Celta. A presente era, ecologicamente ameaçada, é um chamado para a reavaliação crítica e o questionamento da dicotomia sujeito-objeto que está no cerne de sua argumentação. Muitas, senão a maioria das dificuldades apontadas pelos leitores de Boland e das críticas dirigidas à sua obra têm como ponto de partida a constituição de uma subjetividade poética feminina e, posteriormente, a natureza problemática dos objetos e da natureza criada pelo próprio gesto. Enquanto a atribuição da subjetividade e, portanto, agência, às mulheres na poesia foi um rompimento indispensável de diversas formas de política e autoridade religiosa, novas estruturas conceituais, como os novos materialismos e ontologia surgiram desde então, que descorrelacionam a agência da subjetividade, repensando completamente o status dos objetos. Apoiada principalmente na aplicação da ontologia orientada a objetos de Timothy Morton para questões ambientais, eu mostro como a leitura de Object Lessons sem a distinção sujeito-objeto aborda algumas das críticas dirigidas a Boland e destaca o valor ecológico de sua prosa e obra poética.