A música como forma de resistência em Angola: Da música anticolonial ao rap de intervenção
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2526-303X.i42p39-60Palavras-chave:
Música, intervenção, história, Angola, rapResumo
A música teve papel fundamental na luta anticolonial em Angola, desde o surgimento do grupo Ngola Ritmos na década de 1940, que expandia os ideais nacionalistas. Durante as décadas seguintes, vários grupos surgiram, cantando em prol dos movimentos de libertação. A música de cunho político, no entanto, passou a ser silenciada, após uma chacina ocorrida em 27 de maio de 1977, em que três músicos populares estiveram entre as milhares de vítimas. Após o fato, só existiram canções de cunho político gravadas por angolanos na diáspora. O retorno das músicas politizadas, produzidas no país, se dá na década de 1990, com o surgimento do rap. Atualmente, vários rappers denunciam o regime do MPLA e alguns participam de manifestações de rua. Essas ações já resultaram em várias prisões a rappers.
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