A tela do padre Bourel: percursos de uma pintura
DOI :
https://doi.org/10.1590/1982-02672021v29e23Mots-clés :
Pintura, Século XVIII, Barroco Jesuítico, Rio Grande do NorteRésumé
Estudo sobre a tela A morte do padre Filipe Bourel, pintura a óleo anônima que alude a uma missão jesuítica organizada entre os indígenas da nação Paiacu no final do século XVII, realizada na “Escola Portuguesa do século XVIII”. Foi parte de uma grande encomenda litúrgica e devota para ornamentar as igrejas erigidas com a expansão missionária pelas Capitanias do Norte. Remete-se à tradição barroca e segue o modelo de representação da morte de São Francisco Xavier na praia de Goa. Ao aplicarmos o método biográfico no estudo da imagem, acompanhamos o trânsito da pintura entre sua provável origem em uma oficina confessional, seu papel ornamental e devocional em uma igreja periférica do Império Português, os circuitos de colecionadores e leilões de arte, e suas formas de recepção na cultura contemporânea.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
LIVROS, ARTIGOS E TESES
ALCALÁ, Luisa Elena. A call to action: visual persuasion in a Spanish American painting. The Art Bulletin, London, v. 94, n. 4, p. 594-617, 2012. Doi: <https://doi.org/10.1080/00043079.2012.10786061>.
ALCALÁ, Luisa Elena. De compras por Europa: procuradores jesuítas y cultura material en la Nueva España. Goya: Revista de Arte, Logroño, v. 318, p. 141-158, 2007.
ALCALÁ, Luisa Elena. Jesuits and the visual arts in New Spain, 1670-1763. New York: The Institute of Fine Arts: New York University, 1998.
ALCIATO, Andrea. Emblematum Liber. Augsburg: Heinrich Steyner, 1531.
ALPERS, Svetlana. El arte de describir: el arte holandés en el siglo XVII. Madrid: Hermann Blume, 1987.
APPADURAI, Arjun. A vida social das coisas: as mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: Editora da UFF, 2008.
ARARIPE, Tristão de Alencar. Cidades petrificadas e inscripções lapidares no Brazil. Revista Trismestral do Instituto Histórico e Geographico Brazileiro, Rio de Janeiro, t. 50, p. 213-294, 1887.
BURKE, Peter. Visto y no visto: el uso de la imagen como documento histórico. Barcelona: Crítica, 2001.
CALABRESE, Omar. La era neobarroca. Madrid: Cátedra, 1987.
CEA GUTIÉRREZ, Antonio. Religiosidad popular, imágenes vestideras. Zamora: Obra Cultural Caja España, 1982
CERTEAU, Michel de. La fábula mística (siglos XVI-XVII). Madrid: Siruela, 2006.
CESÁREO, Mario. Menu y emplazamientos de la corporalidad barroca. In: MORAÑA, Mabel (ed.). Relecturas del Barroco de Indias. Hanover: Ediciones del Norte, 1994. p. 185-194.
COLI, Jorge. Episódio e alegoria. Anuário do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, v. 1, p. 105-128, 2009. Disponível em: <https://bit.ly/3es20NH>. Acesso em: 20 jun. 2020.
CONCÍLIO, Ecumênico de Trento. Montfort Associação Cultural, São Paulo, c2016. Disponível em: <https://bit.ly/3vijwuD>. Acesso em: 17 jul. 2019.
COUTO, Dom Domingos do Loreto. Desagravos do Brasil e glórias de Pernambuco (1757). Rio de Janeiro: Tipographia da Bibliotheca Nacional, 1904.
DAINVILLE, François de. La géographie des humanistes. Genève: Slatkine, 1969.
GUERRA, Válter de Brito. Apodi, no passado e no presente. Apodi: Coleção Mossoroense, 1995.
HAHN, Hans Peter; WEISS, Hadas. Introduction: biographies, travels and itineraries of things. In: HAHN, Hans Peter; WEISS, Hadas (eds.). Mobility, meaning and the transformations of things: shifting contexts of material culture through time and space. Oxford: [s. n.], 2013. Disponível em: <https://bit.ly/32KCVrN>. Acesso em: 8 dez. 2020.
JOAQUIM, Mariana Alliatti. O ofício do procurador-geral das missões e a formação de redes sociais da Companhia de Jesus nas missões do Grão-Pará e Maranhão. Oficina do Historiador, Porto Alegre, p. 1813-1831, 2014.
KOPYTOFF, Igor. A biografia cultural de coisas: a mercantilização como processo. In: APPADURAI, Arjun. A vida social das coisas: as mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: Eduff, 2008. p. 89-121.
LEAL, Pedro Germano; AMARAL JR., Rubem (eds.). Emblems in colonial Ibero-America. Glasgow: Stirling Maxwell Centre, 2016.
LEITE, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. São Paulo: Loyola, 2004a. v. 5.
LEITE, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. São Paulo: Loyola, 2004b. v. 7.
LEITE, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. São Paulo: Loyola, 2004c. v. 8.
LIMA, Luís Filipe Silvério; SILVA, Bianca Carolina Pereira da. A presença do Novo Mundo na iconografia da morte e dos sonhos de São Francisco Xavier. Varia Historia, Belo Horizonte, v. 30, n. 53, p. 407-441, 2014. Doi: <https://doi.org/10.1590/S0104-87752014000200005>.
LISSOVSKY, Mauricio. A vida póstuma de Aby Warburg: por que seu pensamento seduz os pesquisadores contemporâneos da imagem? Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi: Ciências Humanas, Belém, v. 9, n. 2, p. 305-322, 2014. Doi: <http://dx.doi.org/10.1590/1981-81222014000200004>.
LOCKHART, John; SCHWARTZ, Stuart. América Latina en la Edad Moderna: una historia de la América española y el Brasil coloniales. Madrid: Akal, 1992.
LOPES, Fátima Martins. Índios, colonos e missionários na colonização da Capitania do Rio Grande do Norte. Mossoró: Fundação Vingt-un Rosado, 2003.
MARAVALL, José Antonio. A cultura do barroco. São Paulo: Edusp, 1997.
MASEN, Jacob. Speculum imaginum veritatis occultae. Coloniae Ubiorum: Joannis Antonii Kinchii, 1650.
MAUAD, Ana Maria. A biografia política de uma fotografia. Jornal da Unicamp, Campinas, 20 abr. 2018. Disponível em: <https://bit.ly/3evr2eV>. Acesso em: 20 abr. 2019.
MEDEIROS FILHO, Olavo de. A morte do padre Filipe Bourel: descoberta a primeira pintura do Rio Grande do Norte. Tribuna do Norte, Natal, 24 out. 1993.
MEDEIROS FILHO, Olavo de. Os antigos cronistas e os rios Upanema, Apodi e Mossoró. Mossoró: Fundação Vingt-un Rosado, 1987.
MEDEIROS FILHO, Olavo de. Os índios do Açu e do Seridó. Brasília, DF: Editora do Senado, 1984.
MELLO, Evaldo Cabral de. À sombra dos coqueirais. Folha, [s. l.], 4 abr. 1999. Disponível em: <https://cutt.ly/KfTyTL5>. Acesso em: 4 jun. 2019.
MOREAU, Pierre; BARO, Roulox. História das últimas lutas no Brasil entre holandeses e portugueses e relação da viagem ao país dos Tapuias. Belo Horizonte: Itatiaia, 1979.
MORGADO GARCÍA, Arturo. Historia de la cultura en la edad moderna. Cádiz: Universidad de Cádiz, 2019.
MOTT, Luiz. A Inquisição no Rio Grande do Norte. O Poti, Natal, 13 jul. 1986. Disponível em: <https://cutt.ly/TfTeVIh>. Acesso em: 17 jun. 2019.
MOTTA, Nonato. Notas sobre a Ribeira do Apody. Revista do IHGRN, Natal, v. 18-19, p. 45-90, 1920-1921.
OLIVEIRA, Carla Mary da Silva. A América alegorizada: imagens e visões do Novo Mundo na iconografia europeia dos séculos XVI a XVIII. João Pessoa: Editora da UFPB, 2014.
OLLERO-LOBATO, Francisco. De la ocasión a la alegoría: retratos, imágenes y fiestas tras la victoria de Viena de 1683. Quintana, Logroño, v. 13, p. 221-239, 2014.
PEREIRA, Joaquim. Memoria sobre a extrema fome e triste situação em que se achava o sertão da Ribeira do Apody da Capitania do Rio Grande do Norte. RIHGB, Rio de Janeiro, v. 20, p. 175-185, 1857.
PESSOA, Ângelo Emílio da Silva. As ruínas da tradição: a Casa da Torre de Garcia d’Ávila. Família e propriedade no nordeste colonial. João Pessoa: Editora da UFPB, 2017.
PORTO, Maria Emilia Monteiro. Jesuítas na Capitania do Rio Grande, séc. XVI-XVIII: arcaicos e modernos. 2001. Tese (Doutorado em História) – Universidad de Salamanca, Salamanca, 2001.
PUNTONI, Pedro. A guerra dos bárbaros: povos indígenas e a colonização do sertão nordeste do Brasil, 1650-1720. São Paulo: Hucitec, 2000.
RIPA, Cesare. Iconologia overo descrittione dell’imagini universali cavate dall’Antichità et da altri luoghi. Roma: Heredi di Giovanni Gigliotti, 1593.
RODRÍGUEZ DE LA FLOR, Fernando. De las Batuecas a las Hurdes: fragmentos para una historia mítica de extremadura. Mérida: Regional de Extremadura, 1989.
RODRÍGUEZ DE LA FLOR, Fernando. Emblemas: lecturas de la imagen simbolica. Madrid: Alianza, 1995.
RODRÍGUEZ DE LA FLOR, Fernando. Espectros de Murillo. In: ROMERO, Pedro; MARTÍNEZMONTIEL, Luis; VÁZQUEZ, Joaquín (coord.). Aplicación Murillo: materialismo, charitas, populismo. Sevilla: Icas, 2019. p. 9-24.
SALMORAL, Manuel Lucena. Historia de Iberoamérica. Madrid: Cátedra, 1990. t. 2.
SANTOS, Luísa Ximenes. A palavra e a imagem: usos da emblemática na assistência portuguesa da Companhia de Jesus. 2015. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, 2015.
SCHAMA, Simon. Paisagem e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
SCHEID, Nicolas. Der Jesuit Jakob Masen, ein Schulmann und Schrifsteller des 17 Jh. Köln: Commissions Verlag und Druck von J. P. Bachem, 1898.
SERRÃO, Vitor. Os programas imagéticos na arte barroca portuguesa: a influência dos modelos de Lisboa e a sua repercussão nos espaços luso-brasileiros. Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa, Lisboa, t. 1, n. 95, p. 149-186, 2009.
SERRÃO, Vítor. A leitura micro-artística e a eficácia teórico-metodológica da nossa disciplina: “estudos de caso” na Idade Moderna portuguesa. In: FLOR, Pedro (coord.). Pensar história da arte: estudos em homenagem a José-Augusto França. Lisboa: Esfera do Caos, 2016. p. 59-80.
SOUZA, Alcídio Mafra. O Museu Nacional de Belas Artes. São Paulo: Banco Safra, 1985.
SOUZA, Maria Eduarda Alves de. Duas mostras das novidades no Belas-Artes. Jornal do Brasil, [s. l.], v. 93, n. 87, p. 8, 1983
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Maria Emilia Monteiro Porto 2021
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).