Reparação cirúrgica da córnea de cão usando pericárdio como prótese

Autores

  • Paulo Sérgio de Moraes Barros Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP.
  • Angélica de Mendonça Vaz Safatle Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP.
  • Telma Aparecida Malerba Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP.
  • Miguel Burnier Junior McGill University, Ophthalmology Departament, Montreal, Quebec

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.1994.52119

Palavras-chave:

Cães, Córnea, Pericárdio, Prótese

Resumo

A substituição da córnea em lesões oculares tem merecido a atenção dos oftalmologistas, sendo que vários materiais têm sido usados para este fim. O pericárdio de eqüino, conservado em glicerina, foi usado no reparo de lesões penetrantes de córnea de dois cães, um pela excisão de melanoma límbico, outro pela presença de estafiloma periférico. Cão, Pastor Alemão, com 6 anos de idade, apresentando massa de 1 cm de diâmetro, localizada na região temporal do limbo esclero-corneano do olho direito, com 2 meses de evolução e cão de 4 meses, mestiço, que teve ferida sua córnea esquerda com prolapso de íris, em conseqüência de arranhadura de gato, 5 dias antes, foram examinados no Serviço de Oftalmologia do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. As lesões de ambos os animais foram reparadas com fragmento de pericárdio de eqüino para fechamento do defeito produzido. Aplicação de pomada antibiótica e colírio de atropina de 1% foi instituída no pós-operatório. A pressão intra-ocular foi baixa nos primeiros dias subseqüentes à cirurgia, mas foi gradativamente aumentando chegando a valores normais. Inicialmente, tecido de granulação foi observado próximo ao implante, e opacificação do pericárdio permaneceu. Colírio de dexametasona foi então indicado, sendo que o tecido de granulação desapareceu dois meses após a cirurgia. A câmara anterior permaneceu profunda durante toda a evolução. O acompanhamento pós-operatório mostrou os olhos em boas condições após dezoito meses.

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Publicado

1995-12-04

Edição

Seção

PATOLOGIA ANIMAL

Como Citar

1.
Barros PS de M, Safatle A de MV, Malerba TA, Burnier Junior M. Reparação cirúrgica da córnea de cão usando pericárdio como prótese. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 4º de dezembro de 1995 [citado 27º de maio de 2024];32(4):251-5. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/bjvras/article/view/52119