A convergência das concepções políticas de liberdade e democracia para John Rawls e Philip Pettit

Autores

  • Alexandre de Lima Castro Tranjan Universidade de São Paulo. Faculdade de Direito

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v40i1p164-182

Palavras-chave:

Lberdade, Política, Democracia, Philip Pettit, John Rawls

Resumo

O presente artigo visa discutir a proximidade entre as concepções políticas de liberdade de John Rawls e Philip Pettit, e o arranjo político democrático que delas deriva. A primeira delas, de matriz teórica liberal, entende a liberdade como o primeiro dos princípios a ser realizado, anterior aos demais numa ordem lexical. Ela significa uma proteção, viabilizada pelo Estado, contra interferências alheias à vontade do agente em sua conduta. Já a última, de cunho republicano, consiste num status social de não dominação, isto é, um estado perene de segurança contra intervenção arbitrária no agir do sujeito. Percebe-se, de antemão, a significativa similaridade entre os dois conceitos apresentados. Para além da semelhança óbvia, pretendemos construir uma sistemática de paralelismos e conexões que permita a compreensão de uma semiequivalência entre as teses dos dois autores, com algumas dessemelhanças a serem notadas, mas cujos projetos são mutuamente compatíveis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre de Lima Castro Tranjan, Universidade de São Paulo. Faculdade de Direito

Graduando em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). Foi pesquisador-visitante naUniversidade Palacký em Olomouc, República Tcheca (2021-22) e bolsistade iniciação científicapelo CNPq (2020-21), ambosem Filosofia do Direito. É monitor-bolsista de Filosofia doDireito I e II na USP (2021-atual).

Referências

BERLIN, Isaiah: “Two Concepts of Liberty”, In: Four Essays On Liberty. Oxford: Oxford University Press, 1969.

CARTER, Ian. “How are Power and Unfreedom Related?” In: LABORDE, C. e

ELIAS, Maria Lígia. “A liberdade como não dominação de Philip Pettit e o liberalismo igualitário de John Rawls”. In: Tempo da Ciência, v. 17, n. 33, 2010, p. 141-160.

HABERMAS, Jürgen. “Três modelos normativos de democracia”. In: Lua Nova, n.36, 1995, p. 39-53.

KYMLICKA, Will. Filosofia política contemporânea: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

LARMORE, Charles. “A Critique of Philip Pettit’s Republicanism”. In: Noûs, v. 35, 2001, p. 229-243.

MAYNOR, J. (ed). Republicanism and Political Theory. Londres: Blackwell Publishing, 2008.

NOZICK, Robert. Anarquia, Estado e Utopia. Rio de Janeiro: Zahar, 1991.

PETTIT, Philip. “A Republican Right to Basic Income?”. In: Basic Income Studies, v. 2, n. 2, 2007.

PETTIT, Philip. “A Definition of Negative Liberty”. In: Ratio, 1989, p. 153-168.

PETTIT, Philip. “Free Persons and Free Choices”. In: History of Political Theory, v. 28, 2007, p. 709-718.

PETTIT, Philip. “Freedom as Antipower”. In: Ethics, v. 106, n. 3, 1996, p. 576-604.

PETTIT, Philip. “Neorepublicanism: a normative and Institutional research program”. In: Annual Review of political science, v. 12, 2009, p. 11-29.

PETTIT, Philip. On the People’s Terms: a republican theory and model of democracy. Cambridge: Cambridge University Press, 2012.

PETTIT, Philip. “Republican Freedom: Three Axioms, Four Theorems”. In: LABORDE, C. e MAYNOR, J. (ed).: Republicanism and Political Theory. Londres: Blackwell Publishing, 2008.

PETTIT, Philip. Republicanism: A theory of freedom and government. Oxford: Oxford University Press, 1997.

RAWLS, John. A theory of justice. Cambridge, Massachusetts: The Belknap Harvard University Press, 1999.

RAWLS, John. Political Liberalism. New York: Columbia University Press, 2005.

RAWLS, John. Uma Teoria da Justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

RAWLS, John. “Social unity and primary goods”. In: Utilitarism and Beyond. Cambridge: Cambridge University Press, 1982, p. 159-186.

Downloads

Publicado

2022-08-23

Como Citar

Tranjan, A. de L. C. (2022). A convergência das concepções políticas de liberdade e democracia para John Rawls e Philip Pettit. Cadernos De Ética E Filosofia Política, 40(1), 164-182. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v40i1p164-182

Edição

Seção

Dossie Matrizes do Republicanismo