"Pandemic was just the awakening that woke us all"

diseases, dys/(u)topias and resistance in "Em todas as ruas te encontro", by Paulo Faria

Authors

  • Jorge Vicente Valentim UFSCar

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v13i25p4-36

Keywords:

Pandemic, Disease, Resistance, Portuguese contemporary fiction, Pedro Faria

Abstract

Written and published at the heart of the covid-19 pandemic, the novel Em todas as ruas te encontro (2020), by Portuguese writer Paulo Faria, highlights a series of other devices in a cumulative process, designated by Slavoj Zizek as “Ideological viruses” (ZIZEK, 2020, p. 39). In a scenario ravaged by dystopia (FROMM, 2009; HILARIO, 2013) of a world hit by a fatal disease, some disagreements, disappointments and other diseases (many of them experienced individually) add up and result in other forms of viruses (in its metaphorical sense), in a complex amalgm within the social body: racism, fascism, colonial war and cancer. Faced with these turbulences, some characters are urged for a reaction of resistance and hope, as forms of awareness and initiative to envision “social changes that are necessary after the quarantine ends” (SANTOS, 2020, p. 15).

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Jorge Vicente Valentim, UFSCar

    Professor Associado de Literaturas de Língua Portuguesa (Sub-áreas: Literatura Portuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa), do Departamento de Letras da UFSCar. Professor credenciado no PPGLit/UFSCar (Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura) 

References

AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. Trad. Miguel Freitas da Costa. Lisboa: Edições 70, 2018.

AGAMBEN, Giorgio. Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Trad. Selvino José Assmann. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.

AGAMBEN, Giorgio. “Esclarecimentos” (17 de março de 2020a). In: JARDIM, Eduardo. Giorgio Agamben e a pandemia: subsídios para um debate. Disponível em: https://bazardotempo.com.br/giorgio-agamben-e-a-pandemia-subsidios-para-um-debate/. Acesso: 27 mar 2021.

AGAMBEN, Giorgio. Reflexões sobre a peste: ensaios em tempos de pandemia. Trad. Isabella Marcatti. São Paulo: Boitempo, 2020b.

ALMEIDA, Djaimilia Pereira de. “Dívida e crédito” (Posfácio). In: FARIA, Paulo. Gente acenando para alguém que foge. Lisboa: Minotauro, 2020, p. 231-233.

BENJAMIN, Walter. “O narrador”. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 197-221.

BESSA, Marcelo Secron. Histórias positivas: a literatura (des)construindo a aids. Rio de Janeiro: Record, 1997.

BEWELL, Alan. Romanticism and colonial disease. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1999.

CESARINY, Mário. Pena capital. Lisboa: Assírio & Alvim, 1982.

DERRIDA, Jacques. A farmácia de Platão. Trad. Rogério da Costa. São Paulo: Iluminuras, 1997.

FARIA, Paulo. Em todas as ruas te encontro. Lisboa: Minotauro, 2021.

FARIA, Paulo. Gente acenando para alguém que foge. Lisboa: Minotauro, 2020.

FRATESCHI, Yara. “Agamben sendo Agamben: o filósofo e a invenção da pandemia”. Blog da Boitempo, 12/05/2020. Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2020/05/12/agamben-sendo-agamben-o-filosofo-e-a-invencao-da-pandemia/ Acesso: 25 mar 2021.

FREITAS, Manuel de. [SIC]. Lisboa: Assírio & Alvim, 2002.

FROMM, Eric. “Posfácio”. Trad. Fernando Veríssimo. In: ORWELL, George. 1984. Trad. Alexandre Hubner e Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 317-329.

GREY, Jeffrey. A psicologia do medo e do “stress”. Trad. Junéia Mallas e Maria Inez Lobo Vianna. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1976.

HILÁRIO, Leomir Cardoso. “Teoria crítica e literatura: a distopia como ferramenta de análise radical da modernidade”. Anuário de Literatura, Florianópolis, v. 18, n. 2, p. 201-215, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2013v18n2p201/25995. Acesso: 20 mar. 2021.

INÁCIO, Emerson da Cruz. “Carga zerada: HIV/AIDS, discurso, desgaste, cultura”. Via Atlântica, São Paulo, 29, p. 479-505, 2016. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/118885. Acesso: 25 mar. 2021.

JARDIM, Eduardo. A doença e o tempo. Aids, uma história de todos nós. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.

LÉVY, Bernard-Henri. Este vírus que nos enlouquece. Trad. João Luís Zamith e André Tavares Marçal. Lisboa: Guerra e Paz, 2020.

MONTENEGRO, Túlio Hostílio. Tuberculose e literatura. Notas de pesquisa. 2ª ed. revista e aumentada. Rio de Janeiro: A Casa do Livro, 1971.

PEREIRA, Pedro Schacht. “Regressos (in)desejados: legados coloniais, racismo institucional, descobrimentos”. Revista anti-capitalista, n. 7, 03/06/2018. Disponível em: https://redeanticapitalista.net/regressos-indesejados-legados-coloniais-racismo-institucional-descobrimentos/. Acesso: 04 abr. 2021.

POMPILIO, Carlos Eduardo; CARELLI, Fabiana Buitor; PLAPLER, Hélio. Na saúde e na doença. Fronteiras entre as Humanidades e as ciências. Curitiba: Editora CRV, 2020.

ROCHA, Clara; FERREIRA, Teresa Jorge (org.). A caneta que escreve e a que prescreve: doença e medicina na literatura portuguesa. Lisboa: Babel, 2011.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Almedina, 2020.

SANTOS, Boaventura de Sousa. O futuro começa agora: da pandemia à utopia. São Paulo: Boitempo, 2021.

SANTOS, Roberto Corrêa dos. Modos de saber, modos de adoecer. O corpo, a arte, o estilo, a história, a vida, o exterior. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1999.

SILVA, João Gonçalves Ferreira Christófaro. “A literatura e a doença: notas sobre a construção da imagem do escritor nos diários de Vírginia Woolf”. Revele: Revista Virtual dos Estudantes de Letras, Belo Horizonte, v. 3, p. 215-228, 2011. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/revele/article/view/3877/3817. Acesso: 25 mar. 2021.

SILVEIRA, Rosa Maria Hessel e SILVEIRA, Bruna Rocha. “A doença na literatura infanto-juvenil – análise de quatro obras contemporâneas”. Via Atlântica, São Paulo, n. 29, p. 389-406, 2016. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/download/108001/118198/225883. Acesso: 23 mar. 2021.

SONTAG, Susan. A doença como metáfora. Trad. Márcio Ramalho. São Paulo: Graal, 1984.

SONTAG, Susan. Aids como metáfora. Trad. Paulo Henriques de Britto. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

ZIZEK, Slavoj. A pandemia que abalou o mundo. Trad. João Moita. Lisboa: Relógio d’Água, 2020.

ZIZEK, Slavoj. “As pessoas dizem: ‘O capitalismo sobreviverá’. Eu contesto: já mudou imensamente”. Entrevista a Patricia Gonsálvez. El País, 23/01/2021. Disponível em: https://brasil.elpais.com/cultura/2021-01-23/slavoj-zizek-com-a-pandemia-comecei-a-acreditar-na-etica-das-pessoas-comuns.html. Acesso: 30 mar. 2021.

Published

2021-12-28

How to Cite

Valentim, J. V. (2021). "Pandemic was just the awakening that woke us all": diseases, dys/(u)topias and resistance in "Em todas as ruas te encontro", by Paulo Faria. Revista Desassossego, 13(25), 4-36. https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v13i25p4-36