O comércio de escravos no Vale do Paraíba paulista: Guaratinguetá e Silveiras na década de 1870

Autores

  • José Flávio Motta Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Autor
  • Renato Leite Marcondes Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Autor

Resumo

Estudamos o tráfico interno de escravos com base em escrituras de compra e venda de cativos registradas na década de 1870 em Guaratinguetá e Silveiras (Vale do Paraíba - SP). Em ambas, a principal atividade econômica era a cafeicultura. Entre os escravos transacionados predominaram os homens em Guaratinguetá e as mulheresem Silveiras. Nosdois casos, a maior parte dos cativos tinha entre 15 e 34 anos, sendo a maioria dos homens roceiros e a maioria das escravas utilizada em serviços domésticos. Evidenciou-se certa correspondência entre sexo e atividade produtiva. Os preços elevaram-se entre 1871-4 e 1875-9. As mulheres eram, em média, mais baratas que os homens. Eram mais caros os cativos pertencentes às faixas etárias dos 15-24, 25-34 e 10-14 anos me mais baratos os escravos alocados na lavoura. Intensificou-se o tráfico interprovincial a partir de 1875, em especialem Guaratinguetá. Quantoaos efeitos do tráfico sobre as relações familiares entre os cativos, identificamos indícios tanto de ruptura como de preservação da família escrava.

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Publicado

01-06-2000

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Motta, J. F., & Marcondes, R. L. (2000). O comércio de escravos no Vale do Paraíba paulista: Guaratinguetá e Silveiras na década de 1870. Estudos Econômicos (São Paulo), 30(2), 267-299. https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/117645