Linhas de criação em uma aula de história: o paradoxo do pensamento diante do dispositivo de banalização
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202147226080Palavras-chave:
Pensamento, Ensino de história, Dispositivo de banalidadeResumo
Esse artigo discute a aula de história como oportunidade para pensar e problematizar o tempo, a partir das criações dos docentes. Tal oportunidade se constrói na mediação com os jovens e suas culturas, com os conhecimentos históricos e com questões sensíveis. Em tempos em que a opinião comum parece assumir lugar de destaque, em que multiplicam-se os ataques às aulas de história e em que se desenvolve um processo deliberado de desvalorização do pensamento e da produção científica, particularmente na área de história, nos propomos problematizar o que denominamos de dispositivo de banalização, com base nas ideias de Hannah Arendt e Michel Foucault. Nosso objetivo é refletir sobre a aula de história, tomando cenas de práticas de docência de estagiários e a literatura da área como fontes de pesquisa e de produção de conhecimento. Para este artigo, selecionamos uma aula que problematiza os imaginários que construímos sobre o Egito Antigo. A conexão que estabelecemos é que, enquanto o dispositivo de banalidade produz e reproduz olhares, leituras e relações na sociedade em geral, a sala de aula de história cria um refúgio para o pensamento ao abrir o espaço “entre” o passado e o futuro – lugar da imaginação que permite o reencontro criativo com os outros.
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