O Tratamento da mídia a uma mulher chefe de Estado

Autores

  • Carolina Leoni Fagundes Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
  • Helena Iracy Santos Neto Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)

DOI:

https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.153707

Palavras-chave:

jornalismo, revista, análise do discurso, presidenta, machismo

Resumo

Este artigo inscreve-se no entremeio da análise discursiva pecheutiana com o jornalismo. Busca analisar discursivamente o tratamento midiático a uma mulher chefe de Estado, a fim de investigar os sentidos possíveis presentes nos corpora de análise, que integram as matérias da revista Istoé e Época para com a presidenta Dilma Rousseff, veiculadas em primeiro de abril de 2016 e 20 de agosto de 2015, respectivamente. Assim, temos como recorte de análise as marcas discursivas do feminino no poder, as condições de produção e a historicidade de cada revista, além dos sentidos de não pertencimento da mulher na política. Entendemos que ambas as matérias utilizam-se da memória discursiva para produzir um apagamento e silenciamento de sentidos. Essa memória propicia reportagens referentes a homens em cargos no executivo e mulheres como suas esposas, fazendo com que seus leitores percebam, assim, sentidos limitados à mulher no poder. Em geral, à sombra do homem e não como protagonista.

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Biografia do Autor

Carolina Leoni Fagundes, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)

Jornalista, graduada pela UNISUL.

Helena Iracy Santos Neto, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)

Jornalista, professora do Curso de Jornalismo da UNISUL.

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Publicado

2019-10-17

Como Citar

Fagundes, C. L., & Santos Neto, H. I. (2019). O Tratamento da mídia a uma mulher chefe de Estado. Revista Extraprensa, 12, 363-376. https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.153707

Edição

Seção

GT2 - Comunicação, cultura e diversidade