Produção e circulação de livros no Brasil: os best-sellers de iniciação da Editora Brasiliense (1890-1905)

Autores

  • Ana Carolina Ramos Slade Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.153974

Palavras-chave:

História Cultural, Comunicação Social, História do Livro, Editoração, Editora Brasiliense

Resumo

Fundada em 1943, a Brasiliense atuou como uma das editoras mais proeminentes do Brasil, com destaque em dois diferentes momentos históricos: o período da República Populista (1945-1964), marcado pelo florescimento de editoras de posições progressistas, e a reabertura política, com o enfraquecimento da ditadura militar na década de 1980. É nessa segunda fase que a Brasiliense investe em coleções voltadas ao público jovem, fornecendo uma série de leituras organizadas que dão origem a improváveis best-sellers de iniciação cultural, como a coleção “Primeiros Passos”. Neste artigo, adotaremos as noções de História Cultural de Roger Chartier (2002) e as conceituações de best-seller propostas por Muniz Sodré (1988), Sandra Reimão (1996) e Umberto Eco (1970) para refletir sobre a formação de catálogo da editora, os processos produtivos e o circuito ideológico literário com o objetivo de problematizar possíveis contribuições do mercado editorial para a instituição de visões críticas do mundo social.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Ana Carolina Ramos Slade, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

    Ana Carolina Ramos Slade é mestranda em Comunicação Social pelo PPGCOM UFRJ. Formada em Comunicação Social pela UERJ e UFRJ, trabalha desde 2009 no mercado editorial. Este artigo é parte da sua pesquisa para a tese em História do Livro no Brasil sobre a Editora Brasiliense na década de 1980. Atualmente é Coordenadora de Marketing Digital na Editora Intrínseca.

Referências

Livros

BARTHES, Roland. Mitologias. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009.
CHARTIER, A ordem dos livros: Leitores, autores e bibliotecas na Europa entre os
séculos XIV e XVIII. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1998.

_________. A história cultural: Entre práticas e representações. Algés: Difel,
2002.
CHAUI, Marilena. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense (e-book), 2017.

DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette: Mídia, cultura e revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

ECO, Umberto. Apocalípticos e integrados. São Paulo: Perspectiva, 1970.

EPSTEIN, Jason. O negócio do livro: Passado, presente e futuro do mercado editorial.
Rio de Janeiro: Record, 2002.

HALLEWELL, Laurence. O livro no Brasil: Sua história. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 1985.

PAIXÃO, Fernando. Momentos do Livro no Brasil. São Paulo. Ática: 1996.

REIMÃO, Sandra. Mercado editorial brasileiro: 1960-1990. São Paulo: Com-Arte: Fapesp, 1996.

_______________. “Ditadura militar e censura de livros: Brasil (1964-1985)”. In:
BRAGANÇA, Aníbal; ABREU, Márcia (orgs.). Impresso no Brasil, dois séculos de
livros brasileiros. São Paulo: Unesp, 2010.

SODRÉ, Muniz. Best-seller: A literatura de mercado. São Paulo: Ática, 1985.



Teses acadêmicas

GALÚCIO, Andréa Lemos Xavier. Civilização Brasileira e Brasiliense: Trajetórias
editoriais, empresários e militância política, 2009.

ROLLEMBERG, Marcello Chami. Um circo de letras: A Editora Brasiliense e as transformações sociais, culturais e políticas do Brasil nos anos 80, 2005.

Artigos

ROLLEMBERG, Marcello Chami. Um circo de letras: A Editora Brasiliense no
contexto sociocultural dos anos 80. Intercom ― Sociedade Brasileira de Estudos
Interdisciplinares da Comunicação, 2008.

Downloads

Publicado

2019-10-17

Edição

Seção

GT1 - Produção, circulação e fruição de bens culturais

Como Citar

Slade, A. C. R. (2019). Produção e circulação de livros no Brasil: os best-sellers de iniciação da Editora Brasiliense (1890-1905). Revista Extraprensa, 12, 184-197. https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.153974