As obras do artista Hélio Oiticica no espelho da fenomenologia da percepção
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.155842Palavras-chave:
Hélio Oiticica, Fenomenologia da Percepção, Merleau-Ponty, Instituto Inhotim, Arte-EducaçãoResumo
Esta pesquisa propõe um estudo fundado na investigação dos processos de leitura e da fruição estética das obras do artista Hélio Oiticica (1937-1980), expostas no Instituto Inhotim, a partir da perspectiva da Fenomenologia da Percepção de Merleau-Ponty, afirmando que podem ser complementares, permitindo a construção de um diálogo entre a produção do artista Oiticica e a Fenomenologia da Percepção, na perspectiva desse filósofo. Questões como o sujeito fenomenal, a filosofia, a relação corpo-espaço- -tempo, a estesia do corpo, entre outros estudos, podem produzir investigações quanto à arte e sua capacidade de produzir uma diferenciação estética no interior do mundo indiviso, permitindo revelar intersecções de sentido entre a percepção e a fruição na arte, a partir das obras de Oiticica e como se inserem no cenário museológico do Instituto Inhotim, museu que apresenta grande potencial nesse sentido.
Downloads
Referências
ARCHER, Michael. Arte contemporânea: uma história concisa. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna. 2. ed. Tradução: Denise Bottmann e Federico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
ARGAN, Giulio Carlo; FAGIOLO, Maurizio. Guia de História da Arte. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1994.
ARNHEIM, Rudolf. Arte e percepção visual: uma psicologia da visão criadora. 7. ed. São Paulo: Pioneira, 2005.
ARNHEIM, Rudolf. Intuição e intelecto na arte. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
CAPALBO, Creusa. A subjetividade e a experiência do outro: Maurice Merleau-Ponty e Edmund Husserl. Revista da Abordagem Gestáltica, Goiânia, v. 13, n. 1, p. 25-50, 2007.
CARDIM, Leandro Neves. A razão entre o empirismo e o intelectualismo. Filosofia Ciência e Vida, São Paulo, v. 5, n. 17, p. 56-62, 2007.
CARDOSO, Ivan. A arte penetrável de Hélio Oiticica. Folha de S.Paulo, São Paulo, ano 1985, 19 jun. 1997. p. 48.
CARMO, Paulo Sérgio do. Merleau-Ponty: uma introdução. 2. ed. São Paulo: Educ, 2011. (Série Trilhas).
COLI, Jorge. O que é arte? 11. ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.
CRISPOLTI, Enrico. Como estudar arte contemporânea. Lisboa: Estampa, 2004.
FAVARETTO, Celso. A invenção de Hélio Oiticica. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2000. (Texto & Arte, v. 6).
GULLAR, Ferreira. Teoria do não-objeto. In: Exposição Neoconcreta, 2., 1960, Rio de Janeiro. Anais […]. Rio de Janeiro: Palácio da Cultura, 1960. Disponível em: http://bit.ly/2OtgfIw. Acesso em: 11 set. 2018.
HIPÓLITO, Rodrigo. A presença do vazio nas proposições de Hélio Oiticica. In: Colartes, 3., 2012. Anais […]. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, 2013. Disponível em: http://bit.ly/2SUIE8L. Acesso em: 8 set. 2018.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2004.
MARIUZZO, Patrícia. Instituto Inhotim: importante acervo da arte contemporânea em Brumadinho. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 61, n. 2, p. 60-61, 2009. Disponível em: http://bit.ly/2GyHBGv. Acesso em:12 ago. 2018.
MASINI, Elcie F. Salzano. Impasses sobre o conhecer e o ver. In: MASINI, Elcie F. Salzano (org.). O perceber e o relacionar-se do deficiente visual: orientando professores especializados. Brasília, DF: Corde, 1994.
MASINI, Elcie F. Salzano. A experiência perceptiva é o solo do conhecimento de pessoas com e sem deficiências sensoriais. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 1, p. 39-43, 2003. Disponível em: http://bit.ly/2Mo3Hzr. Acesso em: 27 mar. 2018.
MASINI, Elcie F. Salzano. Experiências do perceber. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2007.
MASINI, Elcie F. Salzano. Perceber: raiz do conhecimento. São Paulo: Vetor, 2012.
MARTINS, Vera. Oiticica: a transformação dialética da pintura. Jornal Brasil, Rio de Janeiro, 21 maio 1961. Suplemento Dominical.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Le visible et l’invisible: suivi de notes de travail. Paris: Gallimard, 1964.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
MERLEAU-PONTY, Maurice. O olho e o espírito. 2. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
NÓBREGA, Terezinha Petrucia. Merleau-Ponty: o filósofo, o corpo e o mundo de toda a gente! Dissertação (Mestrado em Educação) – Departamento de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
NOVA objetividade brasileira. In: ENCICLOPEDIA Itaú Cultural. São Paulo: Itaú Cultural, c2019. Disponível em: http://bit.ly/2ZovYti. Acesso em: 10 jun. 2019.
OITICICA, Hélio. Aspiro ao grande labirinto. Rio de Janeiro: Rocco, 1986.
OITICICA FILHO, César. Hélio Oiticica. Rio de Janeiro: Rocco, 2009. (Série Encontros).
PELAES, Maria Lúcia Wochler. A correlação entre a arte contemporânea e o meio ambiente no Instituto Inhotim. Tese (Doutorado em Educação, Arte e História da Cultura) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2017.
SPERLING, David. Corpo + arte = arquitetura: proposições de Hélio Oiticica e Lygia Clark. In: BRAGA, Paula (org.). Fios soltos: a arte de Hélio Oiticica. São Paulo: Perspectiva, 2008. p. 117-135.
STORI, Norberto; PELAES, Maria Lúcia Wochler. Diálogos sobre a obra do artista brasileiro Hélio Oiticica no Instituto Inhotim. Revista Gama, Estudos Artísticos, Lisboa, v. 5, n. 10, e-ISSN 2182-8725, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeter qualquer material científico para Extraprensa, o autor, doravante criador, aceita licenciar seu trabalho dentro das atribuições do Creative Commons, na qual seu trabalho pode ser acessado e citado por outro autor em um eventual trabalho, porém obriga a manutenção de todos os autores que compõem a obra integral, inclusive aqueles que serviram de base para o primeiro.
Toda obra aqui publicada encontra-se titulada sob as seguintes categorias da Licença Creative Commons (by/nc/nd):
- Atribuição (de todos os autores que compõem a obra);
- Uso não comercial em quaisquer hipóteses;
- Proibição de obras derivadas (o trabalho não poderá ser reescrito por terceiros. Apenas textos originais são considerados);
- Distribuição, exibição e cópia ilimitada por qualquer meio, desde que nenhum custo financeiro seja repassado.
Em nenhuma ocasião a licença de Extraprensa poderá ser revertida para outro padrão, exceto uma nova atualização do sistema Creative Commons (a partir da versão 3.0). Em caso de não concordar com esta política de Direito Autoral, o autor não poderá publicar neste espaço o seu trabalho, sob pena de o mesmo ser removido do conteúdo de Extraprensa.