Exu como trickster: tresvaloração dos juízos morais no rap de Baco Exu do Blues

Autores

  • Hector Rodrigues Feltrin Universidade Federal de Ouro Preto

DOI:

https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.162862

Palavras-chave:

Juízos Morais, Identidade, Exu, Trickster, Rap

Resumo

A partir da problematização acerca das origens dos juízos morais e suas implicações na realidade social, veremos como os paradigmas ético-políticos determinam o modus operandi da cultura hegemônica. Esta, por sua vez, subsidia certa ideologia em desfavor de outros grupos étnico-raciais por meio da subalternização e da marginalização, sobretudo no que diz respeito à identidade, à memória e às tradições afrodescendentes. Tomaremos como exemplo a figura do orixá Exu e do gênero musical rap no intuito de evidenciarmos como o artista Diogo Moncorvo compreende a cultura afro-brasileira a partir da música, utilizando-a como instrumento para tresvalorar as opressões ocidentais. A estética do rapper no disco Esú (2017) evidencia identidades bastante heterogêneas e pulsantes, tendo em vista sua articulação com a cultura midiática e sua produção de sentidos na realidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Hector Rodrigues Feltrin, Universidade Federal de Ouro Preto

Mestrando em Letras, na linha de pesquisa em Linguagem e Memória Cultural, pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Recentemente, publicou um artigo na Revista Mulemba (UFRJ), cujo título é: “Raízes do micondó: construções identitárias para além da estabilização”.

Referências

ASSMANN, Aleida. Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural. São Paulo: Ed. Unicamp, 2011.

BURKE, Peter. Testemunha ocular: história e imagem. São Paulo: Edusc, 2004.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 1997. v. 4.

FERNANDES, Alexandre de Oliveira. Exu: sagrado e profano. Odeere: Revista do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade, Jequié, v. 2, n. 3, p. 53-76, 2017.

GILROY, Paul. O atlântico negro. São Paulo: Editora 34, 1993.

HYDE, Lewis. A astúcia cria o mundo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Lisboa: Antígona, 2014.

NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

PRANDI, Reginaldo. Segredos guardados: orixás na alma brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

TATIT, Luiz. Semiótica da canção: melodia e letra. 3. ed. São Paulo: Escuta, 2007.

TEPERMAN, Ricardo. Se liga no som: as transformações do rap no Brasil. São Paulo: Claro Enigma, 2015.

WISNIK, José Miguel. Som e sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

Downloads

Publicado

2019-12-30

Como Citar

Feltrin, H. R. (2019). Exu como trickster: tresvaloração dos juízos morais no rap de Baco Exu do Blues. Revista Extraprensa, 13(1), 26-39. https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.162862