Novas narrativas de Comunicação Não Violenta e Educação para a Paz nas famílias: o papel humanizador e restaurativo das Oficinas de Parentalidade no judiciário brasileiro

Autores

  • Ana Claudia Pompeu Torezan Andreucci Universidade Presbiteriana Mackenzie. Faculdade de Direito
  • Paulo Nassar Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2965-7474.v1i2p55-69

Palavras-chave:

Novas Narrativas, Comunicação Não-Violenta, Educação para a Paz, Poder judiciário, Direito à Comunicação de crianças e adolescentes

Resumo

O presente artigo objetiva analisar a utilização dos pressupostos do direito à Comunicação Não-Violenta, bem como da Educação para a Paz nas famílias, a partir da prática restaurativa brasileira denominada de Oficinas de Parentalidade propostas pelos Tribunais de Justiça dos estados em parceria com o Conselho Nacional de Justiça, com vistas a garantir em processos judiciais de ruptura conjugal e familiar a minimização dos traumas advindos para todos os envolvidos, em especial, crianças e adolescentes. As Oficinas Parentais partem do incentivo à mediação e conciliação dos conflitos, buscando harmonizar e humanizar os processos judiciais de separação e divórcio quando houver filhos a partir do dever parental, da ética do afeto, da Educação para a Paz e da Comunicação Não-Violenta, e em especial, fortalecendo-se os direitos à Comunicação e à voz de crianças e adolescentes.

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Publicado

2023-12-22

Edição

Seção

Artigos Científicos

Como Citar

Novas narrativas de Comunicação Não Violenta e Educação para a Paz nas famílias: o papel humanizador e restaurativo das Oficinas de Parentalidade no judiciário brasileiro. (2023). Interfaces Da Comunicação, 1(2), 55-69. https://doi.org/10.11606/issn.2965-7474.v1i2p55-69