Edição Genética de uma Tradução Imperial: o livro do Hitopadeça por D. Pedro II

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i36p43-59

Palavras-chave:

Edição genética, D. Pedro II, Hitopadeça, análise genética.

Resumo

Este artigo visa a demonstrar o processo que culminou na edição genética dos manuscritos tradutórios do monarca D. Pedro II da coletânea em sânscrito denominada Hitopadeça. Da tradução do texto em sânscrito, o montante chega a 88 páginas manuscritas que passaram a compor 45 fólios editados. O método empregado para a edição do material selecionado foi a transcrição diplomática e a proposta se enquadra naquilo que Biasi (2010) considera uma edição horizontal, já que as muitas campanhas de escritura dividem o espaço de uma única versão em manuscrito. O estudo apresenta ainda algumas considerações acerca do estudo microgenético dos manuscritos do Hitopadeça, cujos movimentos de escritura, evidenciados, possibilitaram  definir o perfil de tradutor e o papel da tradução na vida do monarca.

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Biografia do Autor

  • Adriano Mafra, Instituto Federal Catarinense

    Doutor em Estudos da Tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina e em Translation Science pela University of Antwerp (Bélgica). Professor da Educação Básica, Técnica e Tecnológica no Instituto Federal Catarinense – Campus Ibirama e pesquisador do Núcleo de Estudo de Processos Criativos (NUPROC/DLLE/UFSC).

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Publicado

2018-12-21

Como Citar

Mafra, A. (2018). Edição Genética de uma Tradução Imperial: o livro do Hitopadeça por D. Pedro II. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 36, 43-59. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i36p43-59