A reencenação no cinema documentário

Autores

  • Andréa França PUC-Rio

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v4i1p149-161

Palavras-chave:

cinema documentário, história, memória, reencenação

Resumo

O artigo investiga o documentário na sua relação com a memória histórica, partindo do pressuposto que a memória no cinema é um campo complexo, contraditório e repleto de mal-entendidos. Explorar a memória no cinema é se deparar constantemente com perigos tais como a tentação de querer rever o passado tal qual foi, o risco de tomar o arquivo como prova cabal do passado e a tendência a confundir a memória com a lembrança. Na tradição do cinema documentário, constata-se que os procedimentos disponíveis para os documentaristas da memória histórica são as imagens de arquivo, as entrevistas com testemunhas e as reconstituições. Este último procedimento pode ser um meio e uma prática de tensionar as imagens do presente e da história, um método que, no cinema, traz um sentido de envolvimento, de imersão, que os documentos, os livros históricos e as imagens por si só, não permitem. Para discutir essas questões, serão analisados os filmes brasileiros Wilsinho Galiléia (Jão Batista de Andrade, 1978) e Serras da desordem (Andrea Tonacci, 2004).

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Biografia do Autor

  • Andréa França, PUC-Rio
    Doutora erm Comunicação e Cultura pela UFRJ. Professora da Graduação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da PUC-Rio. Autora de Terras e Fronteiras no cinema político contemporâneo, entre outros. Pesquisadora do CNPq.

Publicado

2011-12-15

Edição

Seção

Em Pauta/Agenda

Como Citar

França, A. (2011). A reencenação no cinema documentário. MATRIZes, 4(1), 149-161. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v4i1p149-161