Estrutura do ninho, incubação e eclosão de Phyllomedusa trinitatis (Anura: Hylidae)

Autores

  • J. Roger Downie School of Life Sciences, University of Glasgow
  • Mohsen Nokhbatolfoghahai Biology Department, Faculty of Sciences, University of Shiraz
  • Duncan Bruce School of Life Sciences, University of Glasgow
  • Joanna M. Smith Institute of Science and the Environment, University of Worcester
  • Nina Orthmann-Brask School of Life Sciences, University of Glasgow
  • Innes MacDonald-Allan School of Life Sciences, University of Glasgow

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9079.v12i1p13-32

Palavras-chave:

Agalychnis, eclosão, ninhos em folhas, Phyllomedusinae.

Resumo

Relatamos aqui novas descobertas sobre a nidificação e a eclosão de Phyllomedusa trinitatis, uma perereca que constrói ninhos em folhas. A altura do ninho e a cobertura das folhas (uma ou muitas folhas, muito ou pouco cobertas) foram muito variáveis. Contrariamente a um relato anterior, cápsulas gelatinosas sem ovos estavam espalhadas em meio aos ovos, com tampões gelatinosos substanciais localizados acima e abaixo da massa de ovos. Os tampões eram compostos de cápsulas envoltas em matriz de composição levemente diferente. O tampão superior funcionava como uma barreira à entrada de água. Diferentemente de relatos anteriores, ovos isolados poderiam se desenvolver em meio aquático, desenvolvendo-se melhor quando em estágios mais avançados: aeração e composição salina da água influenciaram essa capacidade. As desovas desenvolveram-se igualmente bem estando as folhas de cobertura vivas ou mortas. Ovos isolados incubados na água eclodiram prematuramente; quando imersos em água, ovos perto do estágio de eclosão eclodiram em um curto período; em substrato seco ou úmido esses ovos eclodiram muito mais tarde. A eclosão de qualquer embrião em um grupo pareceu agir como um estímulo para que os embriões vizinhos eclodissem. Observações de ninhos com as folhas de cobertura substituídas por uma película plástica revelaram que a emergência é precedida por um longo período de comportamento de eclosão, com indivíduos eclodindo, se contorcendo, e estimulando grupos cada vez maiores a eclodir, e liberando um fluído espumoso que leva à dissolução do tampão gelatinoso inferior e à eclosão. Contrariamente a um relato anterior, células glandulares de eclosão foram observadas nas superfícies laterodorsais da cabeça. Quando girinos emergiram do ninho, encontravam-se principalmente no estágio 25 de Gosner, com as brânquias completamente reabsorvidas. Quando embriões precoces eram induzidos a eclodir, suas brânquias externas encurtaram-se. Essas descobertas são discutidas em comparação a observações feitas no gênero aparentado Agalychnis.

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Publicado

2013-06-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Downie, J. R., Nokhbatolfoghahai, M., Bruce, D., Smith, J. M., Orthmann-Brask, N., & MacDonald-Allan, I. (2013). Estrutura do ninho, incubação e eclosão de Phyllomedusa trinitatis (Anura: Hylidae). Phyllomedusa: Journal of Herpetology, 12(1), 13-32. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9079.v12i1p13-32