Conhecimento situado, gênero e raça: uma experiência de campo na Zona Leste de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2019.159748Palavras-chave:
Conhecimento situado, Gênero, Metodologia, Trabalho de campo, RaçaResumo
Este artigo buscará narrar as interações entre o pesquisador, um homem branco de classe média, e suas interlocutoras, mulheres periféricas, moradoras da Zona Leste de São Paulo, em sua maioria negras, em um trabalho de campo que resultou em tese de doutorado. As diferenças sociais entre os sujeitos foram constantemente demarcadas durante o processo. Como qualquer pesquisa qualitativa, os dados descritos, analisados e interpretados foram produzidos por interações concretas e específicas. Argumenta-se que tais interações não são invariáveis ou mecanicamente previsíveis, pois cada sujeito concreto elabora prática e simbolicamente de formas determinadas estas interações. Os meios primordiais para a coleta de dados foram entrevistas e observações (semi) participantes. Ao mesmo tempo em que são reconhecidos e incorporados vários limites condicionados pela situação social do pesquisador, defende-se que pode existir alguma produtividade específica na posicionalidade de um homem branco de classe média estudando movimentos sociais de mulheres periféricas. Para analisar as relações que resultaram do encontro e do diálogo da pessoa investigadora com outros sujeitos, são mobilizadas reflexões metodológicas e o conceito de “conhecimento situado” da epistemologia do ponto de vista feminista de Haraway.
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