"Quem não é visto não é lembrado": (re)produção da linguagem, signos e símbolos no Degase de Campos dos Goytacazes
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2023.212638Palavras-chave:
Socioeducação, Degase, Facções criminosas, Análise do Discurso CríticaResumo
O presente trabalho é parte uma pesquisa de doutorado em andamento que tem como tema central compreender o processo de faccionalização dos adolescentes que cumprem medida de restrição de liberdade e pertencem a facções criminosas rivais no CENSE Campos (Centro de Socioeducação Professora Marlene Henrique Alves, no município de Campos de Goytacazes). Nesse ensaio se analisa, de forma panorâmica, o uso e a (re)produção da linguagem, signos e símbolos. A partir das inscrições, realizadas pelos adolescentes nas paredes, no mobiliário e no material escolar como forma de comunicação com seus pares, demarcação de território, afronta aos inimigos, isto é, a“instigação” e principalmente como demarcador de “faccionalização”, ou seja, a adesão e pertencimento a uma das três facções que estão presentes no Degase: Terceiro Comando Puro (TCP), Amigo dos Amigos (ADA) e Comando Vermelho (CV). Para a composição do presente ensaio foi realizado uma revisão bibliográfica do assunto, análise de material colido durante trabalho de campo e entrevistas informais realizadas com os adolescentes durante as aulas de Sociologia.
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