As flechas perigosas: notas sobre uma perspectiva indígena da circulação mercantil de artefatos

Autores

  • Felipe Ferreira Vander Velden Universidade Federal de São carlos

DOI:

https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2011.38593

Palavras-chave:

Arcos e flechas, artefatos, agência, mercado, Amazônia, índios Karitiana.

Resumo

Com base em estudos recentes que apontam para as qualidades agentivas e subjetivas de certos artefatos nas cosmologias indígenas da Amazônia, este artigo busca discutir algumas questões colocadas pela circulação desses objetos personalizados/agentivizados em contextos não indígenas, notadamente no mercado de artes e artesanatos indígenas. Aqui, explora-se a questão dos arcos e flechas dos índios Karitiana (Tupi-Arikém, Rondônia), artefatos perigosos e imprevisíveis, cuja circulação fora das aldeias demanda algumas precauções, como a redução de seu tamanho e o uso de materiais diferenciados em sua confecção. Pretende-se, assim, oferecer algumas notas acerca de uma perspectiva indígena (Karitiana) dos objetos que circulam em redes de troca e de comércio não indígenas.

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Biografia do Autor

Felipe Ferreira Vander Velden, Universidade Federal de São carlos

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (2001), mestrado (2004) e doutorado (2010) pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da mesma instituição. Desenvolve pesquisas com os Karitiana (Tupi-Arikém) em Rondônia desde 2003, focalizando a introdução de animais domésticos de origem exógena (européia) e de projetos de criação animal em aldeias indígenas na Amazônia. Atualmente é professor do Departamento de Ciências Sociais (DCSo) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

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Publicado

2012-08-16

Como Citar

Velden, F. F. V. (2012). As flechas perigosas: notas sobre uma perspectiva indígena da circulação mercantil de artefatos. Revista De Antropologia, 54(1). https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2011.38593

Edição

Seção

Artigos