Cronologia das Violas segundo pesquisadores

Autores

  • João de Araújo Ferreira Canal João Araújo Viola Urbana Produções

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2023.214286

Palavras-chave:

violas, cordofones populares, línguas latinas e germânicas, organologia, nomenclaturas históricas de instrumentos musicais, contextualizações histórico-sociais

Resumo

Este trabalho tem como objetivo reinvestigar, organizar e centralizar traduções de registros de termos citados por pesquisadores como relacionados à ancestralidade das “VIOLAS”: cordofones de caixa cinturada, mais conhecidos por fazerem parte das orquestras - a chamada “família dos violinos”, onde são instrumentos “friccionados”, ou seja, tocados prioritariamente por arco - mas também cordofones de formato semelhante, “dedilhados” (tocados diretamente pelos dedos ou alguns objetos popularmente chamados de plectro - como palhetas). Observou-se que a maioria dos estudiosos teriam assumido que “viola” e suas variações em diferentes línguas teriam sido apenas nomes de instrumentos friccionados, entre outras imprecisões repetidas em cadeia por séculos, por isso seria necessário apontar essas situações a fim de subsidiar novos estudos em diversas áreas da Ciência. Os desenvolvimentos foram baseados na Metodologia Dialética e os contextos histórico-sociais foram estimados a partir dos registros mais remotos encontrados para cada variação de nomes, nas principais línguas europeias, desde o latim utilizado no século II a.C. A base de dados foi criada por meio de extensa pesquisa de fontes apontadas por diferentes tipos de pesquisas em diferentes épocas. Entre as principais razões para a realização desse tipo de reinvestigação está a inclusão de novos fatores nas equações investigativas anteriores, como a possibilidade da existência de instrumentos dedilhados nos registros. Os principais processos realizados foram: reanalisar as traduções mais utilizadas nas publicações; observar mudanças e variações de nomes entre as diferentes línguas; identificar possíveis padrões ao longo do período.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

AGRICOLA, Martinus. Musica Instrumentalis. Wittenberg: Georg Rhau, 1542 [1529].

AMAT, Joan Carles. Guitarra española y vandola, de cinco órdenes y de quatro, la qual enseña a templar y tañer rasgado todos los puntos naturales y B mollados, com estilo maravilhoso. Valência: Augustin Laborda, [1596].

AMAT, Joan Carles. SAN MARTIN, Leonardo de [org.]. Guitarra española y vandola en dos maneras de guitarra, castellana y cathalana de cinco órdenes, la qual enseña de templar y tañer rasgado todos los puntos naturales y B mollados, com estilo maravilhoso Y PARA PONDER EN ELLA qualquier tono, se pone una tabla, con la qual podrá qualquier sin dificultad cifrar el tono, y despues taner y cantarle por dozemodos. Y se haze mencion tambíen de la Guitarra de quatro ordenes. Girona: Joseph Bró, [1639].

AMBROS, August Wilhelm. Geschichte der Musik. v. 2. Leipzig: F.E.C. Leuckart, 1880.

ANDRADE, Julieta de. Cocho Mato-Grossense: um alaúde brasileiro. São Paulo: Escola de Folclore, 1981.

ARAÚJO, Alceu Maynard de. A Viola Cabocla [compilation]. Revista Sertaneja, São Paulo, v. 4, 5, 6, 7, 8, 9, 13 e 14, jul. 1958/may 1959. São Paulo: [internet], 1964. Available at: https://www.cliqueapostilas.com.br/Apostilas/Download/a-viola-cabocla accessed May 2021.

ARAÚJO, João. Linha do Tempo da Viola no Brasil. 2021. Monography (Prize Researches Secult/MG, Lei Aldir Blanc). Belo Horizonte: Viola Urbana Produções, 2021.

BEHAGHEL Otto; NEUMANN, Fritz. Literaturblatt für germanische und romanische Philologie. Leipzig: Vierzigster Jahrgang, 1919.

BERMUDO, Juan. Declaracion de los Instrumentos Musicales. Madrid, s/n, 1555.

BOCCACIO, Giovani. Decameron. Milano: Giuseppe Reina, 1849.

BONANNI, Fillippo. Gabinetto Armonico. Roma: Placho, Intagliatore e Gettatore, 1722.

BURNEY, Charles. A General History of Music. v. 2. London: Paternoster-Row, 1782.

BREWER. J. S. L Letters and Papers, foreign and domestic, of the reign of Henry VIII. v. 2, part. 2. London: Longman, Green, Longman, Roberts & Green, 1864.

CASTAGNA, Paulo. O estilo antigo na prática musical religiosa paulista e mineira dos séculos XVIII e XIX. 2000. Tesis (PhD Social History) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 2000.

CERONE, Domenico Pietro. El Melopeo y Maestro: Tractado de Musica Theorica y Pratica. Napoli: Giovanni Battista Gargano & Lucrecio Nucci, 1613.

COROMINAS, Joan. Diccionario Crítico Etimológico Castellano e Hispánico. Madrid: Editorial Gregos, 1974.

COUSSEMAKER, Edmond de. Mémoire sur Hucbald et sursesTraités de Musique. Paris: J. Techener, 1841.

CRUZ, Frei Gaspar da; GAIÃO, Raul (rev.). Tratado em que se contam muito por extenso as cousas da China. 2ª. Ed. Macau: Museu Marítimo, 1996 [1569].

DIEMER, Joseph. Deutsche Gedichte. Vienna: s/n, 1849.

DIEZ, Friedrich. Etymologisches Wörterbuch der Romanischen Sprachen. Bonn: Adolph Marcus, 1878.

DU CANGE, Domino [Carolo du Fresne]. Glossarium Mediae et Infimae Latinitatis [indices]. v.10. Niort: L. Favre, 1887.

DUCHESNE, Andre. Les Oevvres de Maistre Alain Chartier. Paris: Pierre Le-Mur, 1617.

DRAYTON, Michel. Poly-Olbion. London: Lownes, Browne, Hielme, 1613.

ELLIS, Henry. Original Letters Illustrative of English History. London: Harding & Lepard, 1827.

ENGEL, Carl. Researches into the Early History of the Violin Family. London: Novello, Ewer & Co., 1883.

GALPIN, Francis W. Old English Instruments. London: Methuen, [1911].

GANASI, Silvestro. Regola Rubertina. Venezia: s/n, 1542.

GERBERTO, Martino. De Cantu et musica sacra. [Württemberg]: San-Blasianis, 1774.

GRAFF, Eberhard G. Althochdeutscher Sprachschatz oder Wörterbuch der althochdeutschen Sprache. v.3. Berlin: Nikolaischen Buchhandlung, 1837.

GRIFFITHS, John. At Court and at Home with the Vihuela de Mano: Current Perspective of the Instruments, its Music and its World. JLSA 22, 28 pages, Melbourne University, 1989.

GRIFFITHS, John. Las vihuelas en la época de Isabel la Católica. Cuadernos de música Iberoamericana, Madri, v.20, p. 7-36, jul./dec. 2010.

GUNN, John. The Theory and Practice of fingering the Violoncello. Reino Unido: [ed. by author], 1789.

HAKLUYT, Richard. The Principal Navigations, Voyages, Traffiques, Discoveries of English Nation. v. 3. London: s/n, [1598].

HORNBOSTEL, Erich M. von; SACHS, Curt. Systematik der Musikinstrumente, Zeitschrift für Ethnologie. Berlin: Behrend & C., 1914.

HAKLUYT, Richard. The Principal Navigations, Voyages, Traffiques, Discoveries of English Nation. v. 16. Edinburg: E&G Goldsmid, 1890.

HAWKINS, John. A General History of the Science and Practice of Music. v.3. London: T. Payne, 1776.

HUGUENIN, J.F. Les Chroniques de la Ville de Metz. Metz: S. Lamort, 1838.

JANUA, Johannes de. Catholicon. [Lessing J. Rosenwald Collection]. [Mainz]: [J. Gutemberg], 1460 [1286].

KIRCHER, Athanasius. Musurgia Universalis, sive Ars Magna Consoni et Dissoni. Libre Sextus, Musica Organica sive de musica instrumentali. Roma: Typografia Corbelletti, 1650.

LACERDA, Bruno Amaro; MIOTTI, Charlene Martins. Sobre as Leis (De Legibus). Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2021.

LANFRANCO, Giovani. Scintille di musica. Brescia: Ludovido Britanico, 1533.

LAVIGNAC, Albert (ed.). Encyclopédie de la Musique et Dicciotionnaire du Conservatoire. v. 4 [Première partie: Histoire de la Musique; Tome IV: Espagne, Portugal]. Paris: Librarie Delagrave, 1920.

LAVIGNAC, Albert (ed.). Encyclopédie de la Musique et Dictionnaire du Conservatoire. v.6 [Deuxième partie: Technique, Esthétique, Pédagogie; Tome I: Tendances de la musique, Technique générale]. Paris: Librairie Delagrave, 1925a.

LAVIGNAC, Albert (ed.). Encyclopédie de la Musique et Dictionnaire du Conservatoire. v.8 [Deuxième partie: Technique, Esthétique, Pédagogie; Tome III: Technique instrumentale]. Paris: Librairie Delagrave, 1925b.

LEVY, Emil. Provenzalisches Supplement-Worterbuch. Leipzig: O. R. Reisland, 1915.

LINDSAY, Wallace Martin. Isidori Hispalensis Episcopi - Etymologiarum sive Originum. Oxford: Univ. Press, 1911.

LINDSAY, Wallace Martin. Sexti Pompei Festi de verborum significatu quae supersunt cum Pauli Epitome. Leipzig: B. G. Teubner, 1913.

LÚCIO, José. Os Sons e Tons da Música Popular Portuguesa. Lisbon: autor ’s edition, 1998.

MACHADO, Raphael Coelho. Dicionario Musical. Rio de Janeiro: Brito & Braga, 1855.

MADEN, Frederic. Layamons Brut or Chronicle of Britain or The Brut of Wace. London: Soc. of Antiquaries, 1847.

MAILLART, Jehan. Le Roman du Comte dAnjou. Paris: Honoré Champion, 1931.

MAJERS, Joseph Friendrich Bernhard Caspar. Music Saal. Nurenberg: Jacob Cremmer, 1741.

MARASCHIN, Leila. Latim Basico. Santa Maria: UFSM, [2007].

MARTINEZ, Maria do Rosario Alvarez. Los instrumentos musicales en la plástica española durante la Edad Media: Los cordófonos. 1981. Tesis (PhD Art History) - Faculdade de Geografia e História, Universidad Complutense de Madrid. 1981.

MARTORELL, Joanot; COGOLLOS, Miquel [rev.]. Tirant lo Blanch. s/l: s/n, 2018 [1490]. Available at: https://www.dropbox.com/s/x0hudkn8z2ph3sf/tirantpdf-kindle.pdf?dl=0pdf accessed November 2022.

MEYER, Paul. Daurel et Beton: chanson de geste Provençale. Paris: Firmin Didot, 1880.

MIGNE, J.P. Patrologiæ Cursus Completus [Latina]. v. 133. Paris: s/n, 1853.

MILANO, Francesco. Intavolatura de Viola o vero Lauto. Napoli: s/n, 1536.

MISTRAL Frédéric. Lou Tresor dou Felibrige ou Dictionnaire Provençal-Français. v.2. Paris: H. Champion, 1879.

MONTARGIS, Frederic. De Platone Musico. Paris: Georges Chamerot, 1886.

MORAIS, Manuel. A Viola de Mão em Portugal (c.1450-1789). Nassare Revista Aragonesa de Musicología XXII, Zaragoza, v1, nº1, p. 393-492, jan./dec. 1985.

NOSTRADAMUS, Cesar. L’Histoire et chronique de Provence. Lyon: Chez Simon Rigaud, 1614.

O’CURRY, Eugene. On the Manners and Customs of the Ancien Irish. v. 1 and 2. Edinburg / New York: Williams and Norgate, 1873.

OEFELIUS, Andreas. Rerum Boicarum Scriptores. v. 2. Baviera: s/n, 1763.

OLD (OXFORD LATIN DICTIONARY). Oxford: Clarendon Press, 1968.

Available at: https://archive.org/details/aa.-vv.-oxford-latindictionary-1968/page/697/mode/2up accessed December 2022.

OLIVEIRA, Ernesto Veiga de. Instrumentos Musicais Populares Portugueses. 3ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000 [1964].

OTTFRID, Von Weissenburg. Evangeliorum. [Bavaria]:[Regia Monacensis Library], [863-871].

OXFORD LATIN DICTIONARY. Oxford: Clarendon Press, 1968.

PIPER, Paul. Otfrid’s Evangelienbuch. Freiburg: J.C.B. Mohr, 1882.

PLAYFORT, John. A brief introduction to the Skill of Musick. London: W. Godbid, 1667.

PRӔTORIO, Michaele. Syntagmatis Musici. [Wolfenbuttel]: Johannis Richteri, 1615.

RAYNOUARD, François Just Marie. Lexique Roman ou Dictionnaire de la Langue des Troubadours. v. 5. Paris: Chez Silvestre, 1843.

REIFFENBERG, Frédéric. Le Dimanche, récits de Marsilius Brunck. v. 2. Bruxelas: Louis Hauman, 1834.

REI-SAMARTIM, Isabel. A Guitarra na Galiza. 2020. Tesis (PhD Art History) – Universidade de Santiago de Compostela (Galícia), 2020.

RIBEIRO, Manoel da Paixão. Nova Arte de Viola. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1789.

RICCIARDI, Rubens Russomano. Manuel Dias de Oliveira: um compositor brasileiro dos tempos coloniais – partituras e documentos. 2000. Tesis (PhD Arts) – Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, 2000.

ROCHA, João Leite Pita da. Liçam Instrumental da Viola Portuguesa. Lisboa: Oficina de Francisco Silva, 1752.

ROUSSEAU, Jean. Traite de la Viole. Paris: Ballard, 1687.

RUBIN, Barbara Blatt. The Dictionarius of John de Garlande. Laurence: Coronado, 1981.

SACHS, Curt. Real-Lexikon der Musikinstrumente. Berlin: Julius Bard, 1913.

SACHS, Curt. The History of Musical Instruments. New York: W.W Norton & Company., 1940.

SIMPSON, Cristopher. The Division-Violist. London: W. Godbid, 1659.

SCHMELLER, Johann Andreas. Bayerisches Wörterbuch. Stuttgart: Buchhanblung, 1836.

SUCHIER, Herman. Denkmäler Provenzalischer Literatur und Sprache. Halle: Niemeyer, 1883.

SPERANÇA-CRISCUOLO, Ana Carolina. Breve histórico dos estudos linguísticos e sua influência no ensino da língua. In: Funcionalismo e cognitismo na sintaxe do português: uma proposta de descrição e análise de orações subordinadas substantivas para o ensino [online]. São Paulo: Ed. UNESP, 2014. Available at: https://books.scielo.org/id/sxg7f/pdf/speranca-9788568334454-03.pdf accessed December 2022.

TINCTORIS, Johannes. De Inventione et usu musicae. [Naples]: EMT [internet], [1486]. Available at: https://earlymusictheory.org/Tinctoris/texts/deinventioneetusumusice/#pane0 accessed May 2022.

TRAVASSOS, Elizabeth. O destino dos artefatos musicais de origem ibérica e a modernização no Rio de Janeiro (ou como a viola se tornou caipira). In: SANTOS, Gilda (org.) et al. Separata: Artifícios e Artefactos: entre o literário e o antropológico. Rio de Janeiro: Letras, 2006.

TYLER, James; SPARKS, Paul. The Guitar and its Music: from the renaissance to the classical era. New York: University Press, 2002.

VIEIRA, Francisco Domingos. Grande Diccionario Portuguez ou Thesouro da Lingua Portugueza. v.5. Porto: Charron & H. de Moraes, 1874.

VIRDUNG, Sebastian. Musica getutscht und ausgezogen. Basel: Michael Furter, 1511.

YOUNG, Crawford. Cytolle, guiterne, morache - a Revision of Terminology. In:The British Museum Citole: New Perspectives. London: British Museum, 2015. Available at: https://www.abebooks.com/9780861591862/British-Museum-Citole-New-Perspectives-0861591860/plp accessed May 2015.

Downloads

Publicado

2023-10-04

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Cronologia das Violas segundo pesquisadores . (2023). Revista Da Tulha, 9(1), 152-217. https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2023.214286