Achegas para a História dos Mestres de Capela do Rio de Janeiro Colonial
DOI:
https://doi.org/10.11606/rm.v7i1/2.59965Resumo
Poucas notícias se conhecem sobre os primeiros mestres de capela do Rio de Janeiro. Não existem trabalhos publicados até hoje, como há, por exemplo, sobre os de Salvador da Bahia. Sabemos que Antônio Nunes de Sequeira ocupava o posto na catedral do Rio de Janeiro em 1743, porque dele há uma carta na apresentação do tratado Escola de Canto e Órgão, do então mestre de capela de Salvador, Caetano de Mello Jesus. Sequeira, nascido no Rio em 2 de abril de 1701 e morto em 1759 foi, segundo Sacramento Blake, homem culto e, ao mesmo tempo que mestre de capela da Catedral, pertenceu à Academia dos Selectos, foi reitor do seminário diocesano de São José e examinador sinodal. Sabemos que em 1789 morreu João Lopes Ferreira e foi substituído por José Maurício Nunes Garcia, sem dúvida o maior e o mais importante músico a ocupar o cargo. Não obstante, o Rio tivera mestres de capela desde bem antes de sua elevação a capital do Brasil, em 1763, e os documentos da Chancelaria da Ordem de Cristo, agora conservados na Torre do Tombo em Lisboa, dão-nos alguns poucos outros nomes, mas principalmente uma noção da dinâmica da vida musical eclesiástica no período colonial.
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