O posto e seu oposto: reflexões sobre a morfose tecnológica de um novo arranjo produtivo
DOI:
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2022.186641Palavras-chave:
matriz produtiva, tecnologia, materiais naturaisResumo
Partindo de uma abordagem analítica acerca das características que conformam o atual modelo produtivo e seus arranjos na cadeia da construção civil, o artigo propõe um conjunto de reflexões teóricas quanto às possibilidades de recomposição produtiva, apontando para um novo arranjo pautado por distintas relações de produção dos materiais de construção e outras perspectivas sociotécnicas de aplicação. A morfose tecnológica de uma nova matriz produtiva configura-se como condição impreterível diante dos colapsos ambientais e das crises sociais factuais. Nesta orientação, a reinserção dos materiais naturais, de baixo impacto ambiental, como disparadores de novos arranjos produtivos, potencializa a reapropriação dos produtores da fabricação dos materiais e componentes construtivos, expandindo suas condições de autonomia produtiva, portadora de princípios educativos, criativos e emancipatórios.
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