Participação popular e formação de cidades no período colonial:

a "Junta geral” de moradores de 1711 e a singularidade urbana de Ouro Preto

Autores

  • Rodrigo Almeida Bastos Universidade Federal de Santa Catarina - Dpto de Arquitetura e Urbanismo

DOI:

https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2024.216959

Palavras-chave:

Ouro Preto; Fundação de cidades; Participação popular; Urbanismo luso-brasileiro; Ordem.

Resumo

A ideia é reinterpretar a fundação de Ouro Preto, Minas Gerais, no século XVIII. As deliberações mais importantes dessa fundação da vila resultaram de uma “Junta geral” de moradores convocada pelo governador da capitania, Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, em 8 de julho de 1711. Várias decisões de caráter urbanístico foram tomadas nessa junta e a proposta é interpretar de forma inédita, na historiografia, os documentos que evidenciam sua relevância. A solução coletivamente encontrada pela Junta geral de moradores não apenas transgrediu a ordem régia que orientava que a sua criação se desse de certa maneira, e em certo sítio, como fez resoluções que determinaram a singularidade urbana da cidade que é reconhecida, por muitos estudiosos, como uma das mais significativas do universo luso-brasileiro.

Palavras-chave: Ouro Preto; Fundação de cidades; Participação popular; Urbanismo luso-brasileiro; Ordem.

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Publicado

2024-04-09

Como Citar

Bastos, R. A. (2024). Participação popular e formação de cidades no período colonial:: a "Junta geral” de moradores de 1711 e a singularidade urbana de Ouro Preto. Risco Revista De Pesquisa Em Arquitetura E Urbanismo (Online), 22(1). https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2024.216959