DOIS ANOS DE ANTROPOLOGIA FORENSE NO CENTRO DE MEDICINA LEGAL (CEMEL) DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO-USP

Autores

  • Andjara T. C. Soares
  • Marco A. Guimarães Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v41i1p7-11

Palavras-chave:

Medicina Legal. Antropologia Forense. Esqueleto. Ossos.

Resumo

A Antropologia Forense é uma área do conhecimento que busca estabelecer a identidade de um sujeito através da individualização de características intrínsecas a ele. O Centro de Medicina Legal (CEMEL) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) possui um Laboratório de Antropologia Forense, criado em parceria com a University of Sheffield (UK), que elaborou um protocolo para análise de ossadas e esforça-se para desenvolver um trabalho mais confiável, que permita resultados sociais e científicos de alta qualidade. Após dois anos de funcionamento, constatou-se que muitas das ossadas encaminhadas ao CEMEL não possuem elementos que são de extrema importância para a realização do exame antropológico, o que pode evitar a elaboração de um perfil biológico adequado da ossada e, em virtude disso, postergar a sua identificação. Considerando-se que não há dados antropológicos recentes na literatura nacional sobre casos médico-legais de ossadas, este é o primeiro trabalho realizado a partir da análise de 42 ossadas humanas encaminhadas ao CEMEL desde sua inauguração em 1999. Os resultados mostraram como principais características antropológicas das ossadas estas estarem relacionadas a indivíduos masculinos, de origem étnica caucasiana, com idade entre 32,71 e 46,29 anos, estatura entre 1,64 e 1,73m, destros, sem achados patológicos relevantes, com elementos odontológicos informativos e sem roupas ou outros pertences. Além disso, foi constatado que 61,90% das ossadas possuíam menos de 50% dos ossos, com média de 79,64±52,40 ossos por caso. Diante disso, discute-se a necessidade de melhorias na capacitação técnica e de condições de trabalho para os responsáveis pela coleta de ossadas no seu local de encontro, assim como no seu transporte, de forma a aumentar o número de ossos coletados e, como conseqüência, de informações para possíveis identificações.

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Biografia do Autor

  • Andjara T. C. Soares

    Pós-graduanda

  • Marco A. Guimarães, Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

    Docente. Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Centro de Medicina Legal (CEMEL).

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Publicado

2008-03-30

Edição

Seção

Capítulos

Como Citar

1.
Soares ATC, Guimarães MA. DOIS ANOS DE ANTROPOLOGIA FORENSE NO CENTRO DE MEDICINA LEGAL (CEMEL) DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO-USP. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 30º de março de 2008 [citado 25º de abril de 2024];41(1):7-11. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/676