Avaliação epidemiológica da hanseníase e dos serviços responsáveis por seu atendimento em Ribeirão Preto - SP no ano de 1992

Autores

  • Sátiro Nakamura Oliveira Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Departamento de Medicina Social
  • Gisele Vieira Hennemann Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Departamento de Medicina Social
  • Flávio Luís Fantini Ferreira Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Departamento de Medicina Social
  • Sílvia Amorim Azevedo Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Departamento de Medicina Social
  • Aldaísa Cassanho Forster Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Departamento de Medicina Social

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v29i1p114-122

Palavras-chave:

Hanseníase, Saúde Pública, Programas Nacionais de Saúde, Avaliação

Resumo

A partir de dados registrados na planilha epidemiológica de hanseníase, instituída pelo Ministério da Saúde, sobre os casos atendidos no Município de Ribeirão Preto-S.P., buscou-se traçar um perfil epidemiológico da hanseníase, no ano de 1992, e avaliar a eficácia dos serviços responsáveis pela assistência aos hansenianos. Encontrou-se um coeficiente de prevalência de 1,72/1000 habitantes, pouco abaixo do coeficiente nacional de 1992 (1,78/1000 habitantes), e superior àquele preconizado pela O.M.S. para definir áreas de baixa prevalência (0,2/1000 habitantes). A maioria dos casos (65,4%) era de formas multibacilares, e o esquema terapêutico predominante foi o DNDS (apesar das recomendações do Ministério da Saúde). Detectou-se, também, que cerca da metade dos pacientes não recebeu avaliação de incapacidades durante o ano, havendo 60% dos pacientes com incapacidades de graus II e III, entre os que saíram do programa por alta, por cura e foram avaliados quanto a incapacidades, apesar do comparecimento dos pacientes ter sido satisfatório. Com base em tais resultados inquietantes, os autores propõem a descentralização do atendimento para as Unidades Básicas de Saúde, aproximando o serviço à comunidade. Encaminhamentos a serviços de nível secundário e terciário seriam feitos apenas para determinação diagnóstica mais apurada, e na ocorrência de complicações. Grupos terapêuticos com orientação multiprofissional e multidisciplinar deveriam ser formados para discutir o estigma e formas de reintegrar, socialmente, os pacientes.

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Publicado

1996-03-30

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Avaliação epidemiológica da hanseníase e dos serviços responsáveis por seu atendimento em Ribeirão Preto - SP no ano de 1992. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 30º de março de 1996 [citado 28º de março de 2024];29(1):114-22. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/719