Efeito da metformina e do ácido lipóico nas reservas de glicogênio de músculos denervados e de ratos diabéticos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v33i4p490-498Palavras-chave:
Metformina. Ácido Tióctico. Glicogênio. Denervação Muscular.Resumo
As ações da insulina ocorrem após sua ligação ao receptor e conseqüente ativação de seus substratos citoplasmáticos. Tecidos de indivíduos resistentes à insulina, incluindo adipócitos, músculo e fígado mostraram diminuição na atividade do receptor, enquanto estudos realizados com tecidos de pacientes com diabetes mellitus, não dependentes de insulina, mostraram diminuição na ação da insulina, quando comparados com indivíduos normais. Muitos trabalhos sugerem que concentrações terapêuticas de metformina (MET) estimulam a atividade de substratos ligados aos receptores de insulina. Recentes estudos têm sugerido que o ácido tióctico (TA), substância antioxidante, usada no tratamento do diabetes, também exerce efeito periférico, melhorando o transporte e metabolismo da glicose. No presente estudo, foi avaliado o efeito metabólico do ácido tióctico (0,1 mg.ml-1 e da metformina (1.4 mg.ml-1) em estados de resistência à insulina, induzido pelo diabetes ou denervação muscular. Observou-se que a denervação e o diabetes promoveram a redução no conteúdo muscular de glicogênio (GLY),atingindo 60% no sóleo e 40% no gastrocnêmio. A MET induziu elevação nas reservas de GLY dos músculos normais, atingindo 297% no sóleo e 393% no gastrocnêmio. Foi observada, nos músculos de ratos diabéticos, redução no GLY, atingindo 50% no sóleo e 24% no gastrocnêmio. Por sua vez, MET e TA induziram elevação no conteúdo de GLY nos músculos de ratos diabéticos, atingindo 84% no sóleo e 44% no gastrocnêmio e 573% no sóleo e 296% no gastrocnêmio, respectivamente. No entanto, o tratamento com TA não apresentou efeito significativo sobre o conteúdo muscular de GLY de ratos normais ou denervados. Este estudo mostra que, nos músculos denervados, o tratamento com MET restabeleceu a capacidade de sintetizar glicogênio, apontando para a melhora no metabolismo das fibras. Por outro lado, nos músculos denervados, o tratamento com TA não promoveu efeito benéfico. Estes dados mostram que o estado de resistência à insulina, observado no diabetes, difere do estado de resistência observado nos músculos denervados.
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