Indicações terapêuticas e reações adversas da gamaglobulina intravenosa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i1p20-24Palavras-chave:
Imunoglobulinas, Terapia Biológica, Função Imunológica.Resumo
A primeira indicação terapêutica e, ainda hoje, a mais utilizada da gamaglobulina humana é aquela que usa a sua capacidade de substituição em pacientes com deficiências de anticorpos. Sua capacidade imunomoduladora, com atividades pro e anti-inflamatória, ocupam segundo lugar dentro de suas indicações, em doenças autoimunes e inflamatórias. As primeiras gamaglobulinas que foram utilizadas nos anos 50 em pacientes com agamaglobulinemia, tinham aplicação intramuscular, com limitações significativas relativas à dor, ao volume e a quantidade de infusão. Durante os últimos 20 anos, as imunoglobulinas intravenosas (IVIG) têm sido amplamente utilizadas em patologias humanas diversas. As primeiras IVIG tratadas por enzimas proteolíticas permitiram a infusão de grandes quantidades, obtendo assim níveis mais elevados de IgG sérica circulante, com um perfil de subclasses semelhante ao da população normal e uma vida média muito superior. O esforço da indústria farmacêutica fez com que aparecessem novas imunoglobulinas mais purificadas e com maior segurança contra infecções virais. Os métodos de Cohn e cold etanol foram rapidamente complementados com outros procedimentos que reforçavam a segurança antiviral desses produtos. A aplicação de técnicas moleculares para o estudo de rastreio do plasma dos doadores, bem como a incorporação de novos processos de inativação viral durante seu processo de fabricação, faz das IVIG um produto seguro cujo consumo tem aumentado exponencialmente nos últimos anos. O alto custo das IVIG, os hipotéticos problemas de desabastecimento de plasma e os riscos associados à sua administração tornaram essencial a redação de protocolos de uso para as agências oficiais que os hospitais também adotaram.Downloads
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Publicado
2014-03-30
Edição
Seção
Artigo de Revisão
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Como Citar
1.
Florí NM. Indicações terapêuticas e reações adversas da gamaglobulina intravenosa. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 30º de março de 2014 [citado 7º de dezembro de 2024];47(1):20-4. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/80093