Estudo anatômico da veia renal esquerda de cadáveres humanos brasileiros

Autores

  • Pedro Duques
  • Juliana R. Rodrigues
  • Francisco B. Silva Neto
  • Elry M.V. S. Neto
  • Elivaldo S. de Tolêdo Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v35i2p184-191

Palavras-chave:

Veias Renais. Anatomia Regional. Rim.

Resumo

O estudo das variações anatômicas da veia renal esquerda (VRE) é matéria de importância na realização das anastomoses para o tratamento cirúrgico da hipertensão portal, estudos radiológicos e para as nefrectomias de doadores de transplante renal. Trata-se de um estudo observacional transversal e retrospectivo, cujo objetivo foi identificar e avaliar as variações anatômicas da VRE em cadáveres. Um total de 34 cadáveres foi analisado (24 do sexo masculino, 10 do sexo feminino) sob os seguintes aspectos: número de tributárias renais, número de veias renais acessórias, posição em relação à aorta abdominal (Ao) e à artéria renal esquerda (ARE) e comprimento da VRE. A VRE era única em 91,1% (n=31) dos casos e dupla em 8,9% (n=3). Observou-se um caso de VRE circum-aórtica. Dos 34 casos estudados, 55,8% (n=19) apresentavam duas tributárias, que se uniam para formar a VRE principal, 14,7% (n=5) apresentavam três tributárias e, em 29,4% (n=10), elas eram ausentes ( quando a VRE originase diretamente do rim, sem que fossem visualizadas, no hilo, tributárias renais, que contribuíssem para a sua formação). A veia renoazigolombar esteve presente em 26,4%, n=9 (23,5%:única; 2,9%: dupla). A veia testicular / ovárica era única em 85,2% (n=29) e dupla em 8,8% (n=3).Em dois casos, não pôde ser estudada. Quanto à posição em relação à Ao e à ARE, a VRE encontrava-se predominantemente na topografia anterior, com variações percentuais de 44,5% a 96,5%, dependendo se a ARE era única, dupla ou tripla. O comprimento médio foi de 5,4cm, variando de 2,2cm a 8,0cm. Conclui-se, no presente estudo, que as tributárias renais foram mais freqüentes em número de duas; a veia renoazigolombar esteve presente em freqüência inferior à da literatura; a veia testicular / ovárica foi mais freqüente na forma única; a posição mais freqüente em relação à Ao e à ARE foi a anterior e o comprimento médio da VRE concordou com apenas duas das publicações onde tal parâmetro foi avaliado.

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Biografia do Autor

  • Pedro Duques

    Ex-Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).

     

  • Juliana R. Rodrigues

    Monitor

  • Francisco B. Silva Neto
    Monitor
  • Elry M.V. S. Neto
    Monitor
  • Elivaldo S. de Tolêdo, Universidade Federal da Paraíba

     

    Docente de Anatomia. Departamento de Morfologia. Universidade Federal da Paraíba.

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Publicado

2002-06-30

Edição

Seção

Temas de Ensino Médico

Como Citar

1.
Duques P, Rodrigues JR, Silva Neto FB, S. Neto EM, Tolêdo ES de. Estudo anatômico da veia renal esquerda de cadáveres humanos brasileiros. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 30º de junho de 2002 [citado 5º de outubro de 2024];35(2):184-91. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/821